Graduada em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Sorocaba em 1980. Especialista em Pediatria pelo Conselho...
iEspirra, coça, nariz, garganta, ouvido olhos, palato... já pensou que aflição? De todas as patologias que chegam ao consultório, a rinite e a sinusite são as mais persistentes, de difícil controle e, de forma geral, que exigem medicação por mais tempo. Não existe um único fator determinante para estas doenças, e faz parte da arte homeopática descobrir todas as variações para melhor tratar a rinite com homeopatia.
O aparelho respiratório tem importante papel na manutenção da qualidade de vida. A mucosa nasal produz uma fina lâmina de secreção que a mantém úmida e na qual adere poeira, corpos estranhos, pequenos objetos e fungos. Ao espirrar esses elementos estranhos são jogados para fora. Então, o espirrar e o tossir são mecanismos de defesa. Alergia não quer dizer que o corpo tem baixa imunidade, muito pelo contrário, é, na verdade, um organismo que reage de forma muito exuberante a estímulos como poeira ou mudança de temperatura, que não afetam outras pessoas.
A rinite, enfermidade classificada como crônica, tem começo mas não tem meio ou final e como toda doença crônica caminha muito bem com homeopatia. Por que eu digo "caminha bem" e não cura definitiva? Porque, como a rinite é uma doença de determinação genética, as pioras e melhoras dependem de múltiplos fatores. A pessoa não nasce com a rinite, mas sim com uma tendência herdada e em determinado momento ela é desencadeada. Esse é um dos motivos para não oferecermos à crianças antes dos três anos substância potencialmente alergênicas, como o chocolate, os embutidos e biscoitos recheados, na tentativa de não sensibilizá-las.
Diferente do tratamento convencional, na terapia homeopática os detalhes são fundamentais. Não basta só chegar e dizer "estou com rinite ou com sinusite", você tem de responder a pergunta de sempre: "Explique, como assim?". Em homeopatia é importante descobrir como é esse início: horário, temperatura, clima, emoções, espirra, coça, secreção: que cor, qual horário. E para cada uma destas questões temos um medicamento diferente e, quanto melhor você souber detalhar, melhor é seu medicamento.
Na primavera os portadores de rinite sofrem a conhecida "Gripe do Feno". Pela floração, várias árvores soltam pólen no ar e, ao respirar o pólen inicia-se um processo alérgico onde os olhos lacrimejam, o nariz parece um "tomatinho" vermelho com secreção.
Alopaticamente a rinite é tratada com:
- Higiene ambiental, cuidados com estofados, cortinas... enfim, combate aos ácaros que são responsáveis por grande parte das rinites
- Spray nasal, tanto para limpeza e higienização como os anti-inflamatórios locais a base de cortisona
- Uso de antialérgicos
- Vacinas orais ou injetáveis
Com a homeopatia o tratamento acontece com:
- Higiene ambiental, uma vez que ela é sempre importante para a remoção dos ácaros
- Spray nasal com a finalidade de higienizar fossas nasais para evitar contaminação. Cortisona em spray é contraindicada em crianças, sendo liberada somente após os dois anos e com muita cautela. O mesmo acontece com os antialérgicos
- Vacinas tanto orais como injetáveis não fazem parte do repertório de uso homeopático
Enfim, a homeopatia tem menor custo, sem efeitos colaterais, é liberada para todas as idades e leva em conta a individualidade, tratando de modo especial a sua rinite.