É muito comum nos consultórios odontológicos ouvir pacientes reclamando de dores nas costas. Parece incomum, mas não é.
De acordo com a Organização de Saúde de Seattle, 85% dos pacientes que sofriam com os dentes e com as costas simultaneamente, eram do sexo feminino e tinham idade média de 34 anos.
A pessoa começa a descontar seu estado emocional nos dentes, fazendo movimentos de intensa compressão entre eles, ou movimentos de rangê-los (quase sempre a pessoa faz esses movimentos inconscientemente, e geralmente relata ao profissional que não os faz), fazendo com que haja uma sobrecarga de forças em cima daquela articulação que fica perto do ouvido, e que une a cabeça à mandíbula, que tem o nome de articulação temporo-mandibular.
Quando essa compressão é muito grande, começa a haver uma inflamação da região da articulação. Como essas regiões são muito enervadas e correlacionadas em músculos também,
a dor é difundida para a cabeça (promovendo enxaquecas constantes), pescoço (torcicolos e dores ao movimentar) ombros e também costas, dando às vezes a impressão de algum problema relacionado à coluna.
Se você tem um ou mais sintomas relatados acima, é o momento certo de procurar um dentista, já que tratado a tempo, não traz consequências mais sérias. O que precisa ficar bem claro é que se trata de um processo emocional que traz consequências sintomáticas (a famosa somatização), problemas na articulação responsável por abrir e fechar a boca, e quase sempre desgastes dentários irregulares.
Também é recomendado o tratamento emocional, pois pode ajudar a lidar e até mesmo a combater o estresse.
O tratamento odontológico realiza entre outras coisas, a instalação de uma placa miorrelaxante (para que o contato entre os dentes seja atenuado no sono ou em picos de estresse), e a recuperação das dimensões perdidas dos dentes que foram desgastados pelo processo.