Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com título de especialista em pediatria pela Associação...
iEsse, com toda certeza, você não só ouviu como já falou várias e várias vezes. Diz-se: Cor de burro quando foge.
Quando o correto seria: Corro de burro quando foge!
NÃO PODE USAR COM ALOPATIA PORQUE CORTA O EFEITO DO TRATAMENTO. Este é mais um dos mitos que precisam ser esclarecidos.
A homeopatia é uma especialidade médica exercida por profissionais que se formaram em faculdades de medicina. Assim sendo, antes de sermos homeopatas temos uma formação médica geral. Nosso compromisso não é com este ou aquele tipo de tratamento. Nosso compromisso é com o bem
estar de nosso paciente. E nada deve ser feito no sentido de diminuir as suas
chances de cura, sempre que sua saúde e sua vida estiverem em risco. A homeopatia e a alopatia agem por caminhos diferentes. O homeopata já foi um alopata durante sua formação e conhece, sem preconceitos, os mecanismos de ação destas duas formas terapêuticas. O alopata não conhece a homeopatia porque apenas recentemente ela está sendo ensinada (apenas em seus fundamentos)
em alguns poucos cursos de graduação e formação médica (grande e difícil passo para o reconhecimento da Homeopatia).
Enquanto a homeopatia age pela lei da semelhança, por um estímulo parecido com o da doença, a alopatia age, quase sempre, pela ação contrária à doença e/ou aos sintomas. Para a febre temos os antitérmicos, para a dor, os analgésicos, para a infecção os antibióticos e assim por diante.
Desta forma, a homeopatia considera o sintoma como parte do todo que está sendo analisado e não como a doença. A febre faz parte de um quadro geral, mas não é esse quadro. Quando damos um remédio para a febre (alopatia) não estamos tratando a doença e sim um sintoma. Na teoria, a febre é uma defesa do nosso corpo para combater bactérias (que não atuariam bem na temperatura elevada e seriam mais facilmente combatidas pelas nossas defesas naturais, os anticorpos).
Na homeopatia, a febre é parte do quadro a ser tratado. Assim, quando escolhemos um medicamento homeopático, mesmo para o quadro agudo, levamos em consideração não só os dados da doença (lembre-se que antes de tudo somos médicos) mas também a forma de reagir do nosso paciente (apetite, sono, humor, intestino, sede, etc).
Desde que saibamos qual a finalidade de cada medicamento, não há qualquer problema na sua utilização conjunta. Esta decisão segue o critério do médico homeopata responsável pelo caso. Há homeopatas que não usam a alopatia de forma alguma. Esta é uma opção pela qual eles se responsabilizam. E há homeopatas, e eu me incluo neste grupo, que não encontram problemas em associar, de uma forma criteriosa, os medicamentos alopáticos. E esta é uma outra opção pela qual eles se responsabilizam.
De qualquer forma, há situações onde o medicamento alopático é absolutamente fundamental. Quando houver um desequilíbrio orgânico muito grave, com perda de função ou de estrutura de partes do corpo ou de um órgão, pode ser necessário, para a manutenção da vida, o uso de medicamentos alopáticos. Podemos citar quadros como câncer, AIDS, hipotireoidismo, diabetes como
alguns dos exemplos onde a alopatia é indispensável.
Nestes casos, a homeopatia pode ser muito útil no equilíbrio do paciente, agindo de forma tal que as doses dos medicamentos alopáticos necessárias para o adequado tratamento de nosso paciente possa ser mais reduzida do que a dose habitual, atingindo o mesmo efeito final.
Até outubro, quando vamos falar sobre a vacinação. Afinal, a homeopatia proíbe a vacinação ?
Qual é a sua maior dúvida em relação a homeopatia?