Redatora especializada em conteúdos sobre saúde, beleza e bem-estar.
Com apenas 11 anos, Eliete Malta foi diagnosticada com um tumor benigno, chamado histiositose, localizado no lado direito de sua cabeça. Foram dois anos e meio de tratamentos até que ela estivesse totalmente recuperada, quando pode voltar a fazer esportes na escola.
Inicialmente, ela praticava natação, mas sempre corria para se aquecer, foi ali onde iniciou o amor pelas corridas. Ela costumava correr pelas ruas da cidade de Sumaré, no interior de São Paulo, onde morava. Seu talento e paixão chamou a atenção de outros corredores, que a convidaram para participar de um grupo de atletas amadores.
Daí em diante, ela seguiu firme entre treinos e corridas, até participar da sua primeira prova, em 2002. Alguns meses depois, a corredora já estava disputando pela primeira vez a Corrida de São Silvestre. Atualmente, Eliete já esteve em mais de 300 pódios e não quer parar de correr nunca.
Mulher-Maravilha
Durante a Corrida de São Silvestre de 2006, ela ganhou o apelido de "Mulher-Maravilha". Após acabar a prova feminina, colocou sua medalha no pescoço e foi acompanhar um amigo que não estava tão bem preparado, porém isso gerou certa curiosidade em quem assistia.
"Alguns me viram correndo com os homens e começaram a falar: 'O que você está fazendo aí, pangaré. Sua prova já foi'. De tanto ouvir esses comentários, meu amigo ficou indignado, puxou a medalha do meu pescoço e falou que eu já tinha completado a prova feminina e correria o total de 30km. A multidão começou a gritar 'É a Mulher-Maravilha!', relembrou ela.
Desde então, Eliete passou a reconhecer e assumir com orgulho o apelido. "Conheci meu marido nas corridas de rua. Nós éramos amigos e o esporte nos uniu. Ficamos noivos no pódio da Corrida do Boldrini, em 2012, casamos e fomos comemorar a Lua de Mel correndo a Maratona da Disney, em Orlando", disse ela.
Foi seu marido quem produziu as fantasias de Mulher Maravilha para ela e sua cachorrinha Isabella, conhecida como a "cachorrinha maravilha", que quase sempre está presente nos pódios junto com a dona.
Eliete e Isabella não são as únicas a usarem fantasias em corridas. Durante a Maratona da Disney o marido dela comprou uma a roupa do Super-Homem e, assim, eles viraram a família da Liga da Justiça nas corridas.
"O esporte cura todos os males"
O esporte é capaz de transformar vidas, seja física ou psicologicamente. Para Eliete, o esporte serviu como motivação e, com orgulho, ela deseja passar isso para outras pessoas: "Esporte é motivação para vida. Qualquer pessoa tem capacidade de superar e alcançar os seus objetivos, basta começar e se dedicar. Um passo de cada vez. E, quando menos se espera, o esporte já faz parte de você. O esporte traz alegria e felicidade, desenvolve a força interna e cria dentro de todos uma sensação de que podemos superar as maiores adversidades de nossas vidas".
Eliete tinha o sonho de tornar-se educadora física, e conseguiu realizá-lo. Agora, a única coisa que deseja é continuar correndo por muito tempo. Mesmo com obstáculos que possam vir a aparece em seu caminho, desistir da corrida não é uma opção.
#Eu Posso: uma causa de inclusão no esporte e do direito a uma vida mais saudável
Para muitos brasileiros, praticar atividade física ainda é um direito a ser conquistado e, por isso, o Minha Vida está engajado na causa #Eu Posso, que traz à tona a discussão sobre o direito que todo mundo tem de adotar uma vida mais saudável. Queremos muito saber se você já teve alguma dificuldade para praticar exercícios! Clique aqui e conte a SUA história.