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Se você já foi chamado de preguiçoso por adiar o despertador várias vezes pela manhã, é hora de virar o jogo. Segundo um estudo feito pelos psicólogos Satoshi Kanazawa e Kaja Perina, do departamento de psicologia da Universidade College London, na Inglaterra, esse hábito é, na verdade, sinal de inteligência e criatividade.
O estudo explica que praticamente todas as espécies na natureza, desde microrganismos até mamíferos, incluindo os seres humanos, funcionam de acordo com um ciclo diário chamado ritmo circadiano. Este, por sua vez, determina o intervalo de 24 horas com base na luz solar, na temperatura, pelas marés e até pelo vento.
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Porém, os seres humanos, ao contrário de outras espécies de mamíferos, têm a capacidade única, conscientemente e cognitivamente, de substituir o relógio biológico interno. Em outras palavras, os seres humanos conseguem escolher o horário que vão dormir ou acordar.
No estudo, feito com mais de 20 mil jovens americanos, os pesquisadores descobriram que, aqueles que dormiam tarde durante a semana e aos finais de semana, acordando atrasados durante a semana, mas não no fim de semana, apresentam um QI maior do que os jovens que dormiam e acordavam mais cedo sempre. Assim, aqueles com um QI inferior a 75 iam dormir por volta das 23h41 na idade adulta, enquanto aqueles com um QI de mais de 125 iam para a cama às 00h29 aproximadamente.
Analisando os horários e os QIs dos participantes, os pesquisadores concluíram que pessoas que dormem mais tarde demonstram inteligência, por reforçarem que não precisam estar em sincronia com a luz solar, como nossos ancestrais faziam. Além disso, o fato de admitir que precisa mais pela manhã demonstra uma boa capacidade de resolução de problemas, alta criatividade e independência.