Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iDe acordo com uma nova pesquisa realizada pela Universidade do Alabama em Birmingham, nos Estados Unidos, ficar em jejum por durante 18 horas é uma forma eficaz de perder peso e, ainda sim, permanecer saudável. O estudo foi apresentado em uma reunião anual da Sociedade de Obesidade em Nova Orleans.
Durante quatro dias, os pesquisadores analisaram 11 homens e mulheres com excesso de peso. Nos testes, os participantes foram submetidos a uma mudança na rotina de alimentação, com refeições entre 8h e 14h, porém consumiam as mesmas calorias de uma dieta distribuída por 12 horas.
"Acreditamos que a fome está mais relacionada ao número de calorias que você consome do que à quantidade de vezes que você se alimenta", explica Courtney Peterson, professora do Departamento de Ciências e Nutrição.
Para os pesquisadores, a chave para o emagrecimento está na digestão noturna. ?Se você come até tarde de noite, quando vai dormir ainda está digerindo alimentos, o que impede o processo de eliminar gordura?, comentou a pesquisadora.
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Esse foi o primeiro teste sobre alimentação com restrição de tempo feito em humanos. Embora o jejum não tenha afetado o número total de calorias que os voluntários queimaram, essa mudança de hábito foi capaz de reduzir a fome diária e alterou os padrões de queima de gordura e carboidratos, contribuindo para perda de peso.
Além disso, a restrição alimentar ajudou a melhorar a flexibilidade metabólica, que é a capacidade do corpo em alternar a queima de carboidratos e gorduras. "No começo é difícil ficar tanto tempo sem comer, mas em duas ou três semanas todos os meus pacientes já se diziam adaptados ao processo", finalizou Courtney.
No entanto, o estudo ainda está em fase inicial, e essa alteração na rotina não é recomendada para todo mundo, pois ainda não se sabe quais são os efeitos colaterais que ela pode causa.
Estudos anteriores, realizados com roedores, já haviam confirmado essa teoria. No qual os ratos tinham perdido peso e queimado gordura, além de terem diminuído o risco de doenças crônicas.