Formado em Educação Física pela UnB em 1999. Pós-graduado em Fisiologia do exercício pela UnB em 2000. Pós-graduado em T...
iHoje o termo "treinamento desportivo" ganhou muita força com a recente procura por serviços de personal trainers, além de planilhas para corrida, natação e tantas outras modalidades.
O treino organizado e sistematizado vem de longa data e ganhou força com os destaques que os diferentes esportes atraíram com o passar dos anos. Assim, o treinamento desportivo organiza a forma como um profissional distribui princípios que regem o desenvolvimento de capacidades físicas treinadas ao longo de um período, visando ou não uma competição.
Estes princípios são:
- Individualidade biológica
- Adaptação
- Sobrecarga
- Interdependência de volume/intensidade
- Continuidade
- Reversibilidade
- Especificidade
- Treinabilidade
Todos estes princípios, justamente com o termo mais em moda no esporte, a periodização, formam a base para um treinamento orientado e focado na obtenção de objetivos concretos de melhoria de desempenho de um praticante.
Princípios do treinamento desportivo
De modo simples, segue um breve entendimento de cada um destes princípios:
Individualidade biológica: entender que o indivíduo carrega uma carga genética e que elementos podem ser acrescidos ou melhorados a esta carga.
Adaptação: levar o organismo do indivíduo a buscar o equilíbrio (o que chamamos de homeostase) frente aos desafios propostos e ao meio ambiente.
Sobrecarga: "o tempo necessário à recuperação é proporcional ao tipo da intensidade da carga" (DANTAS, 2003).
Interdependência de volume/intensidade: relação direta e inversamente proporcional da aplicação do volume frente à intensidade e vice-versa. Ou seja, como utilizar estes dois fatores de maneira inteligente e eficaz.
Continuidade: entendimento que há um mínimo de sessões necessárias para que se possa desfrutar de ganhos dos diferentes tipos de estímulos aplicados (exercícios).
Especificidade: basicamente significa, em cima do tipo de atividade realizada, prescrever o que for de mais valia para esta atividade em termos de sistemas energéticos ativados, coordenação necessária, entre outros aspectos.
Reversibilidade: entender que o organismo tende a voltar à condição do pré-treinamento caso o indivíduo não mantenha o estilo de vida e treinamentos que vem realizando.
Treinabilidade: quanto mais treinar (sobrecarga e excesso de exercícios), mais difícil de será de obter êxito e mais propenso estará a lesões (TUBINO, 2002).
Benefícios do treinamento desportivo
Entendendo cada um destes aspectos e interligando isto a uma periodização (distribuição das diferentes sessões por um espaço de tempo determinado para alcançar um determinado objetivo), as chances de conquistar bons resultados é ainda maior.
Negligenciar estes fatores é onde muitos erram, o que aumenta o risco de lesões e eleva a probabilidade de baixo rendimento frente às expectativas.
Portanto, procure profissionais que demonstrem conhecimento sobre isto. Questione o que será desenvolvido, quais os prazos e etapas que irão acordar entre si. Duvide de resultados mágicos em pouco tempo. E acima de tudo: disciplina e foco para conseguir, porque um treino bem montado, mas mal executado, é apenas um pedaço de papel sem valia se você não tiver o maior de todos os compromissos: com você mesmo!
Bons treinos e até uma próxima!
Referências:
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
TUBINO. M. J. G.; MOREIRA, S. B. Metodologia científica do treinamento desportivo. 13. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2002.