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O uso do jaleco é obrigatório para todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, porém o que poucos sabem é que essa vestimenta pode ser uma terrível fonte de transmissão de doenças. De acordo com um recente estudo, os jalecos apresentam diversos tipos de bactérias nocivas associadas a infecções hospitalares, como sepse. As informações foram publicadas no periódico Infection Control and Hospital Epidemiology.
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Os resultados mostraram que 42% dos jalecos analisados continham bactérias, como Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Haemophilus influenzae. Além disso, foi descoberto que 16% desses micróbios podem ser resistentes à medicação, como a Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM).
Segundo os pesquisadores, essa descoberta precisa ser analisada com mais detalhes já que em investigação anterior foi constatado que a maioria dos médicos passa mais de uma semana sem lavar o jaleco.
No entanto, não são apenas os jalecos os responsáveis pela contaminação, outros itens usados no ambiente hospitalar também podem estar contaminados com bactérias. Por esse motivos, os investigadores orientam que médicos e enfermeiros lavem os jalecos ou uniformes diariamente, além de facilitar o acesso ao álcool em gel para desinfetar as mãos dos profissionais antes de atender o paciente.
Outra pesquisa realizada no ano passado mostrou que os jalecos de mangas longas aumentam a probabilidade de transmissão de patógenos, já que estão mais sujeitas a entrar em contato com superfícies, consequentemente com diversas bactérias.
Desta forma, a Sociedade Americana de Cuidado Epidemiológico recomenda que os profissionais da saúde usem jaleco de manga curta ou média e manter os braços nus abaixo do cotovelo para diminuir os riscos de contaminação e facilitar a higienização do local.