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Você tem o hábito de ir ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano? Embora nem todas as mulheres sigam à risca essa tarefa, a verdade é que o acompanhamento ginecológico é essencial para prevenção e diagnóstico prévio para doenças.
Algumas mulheres acabam adiando a ida ao ginecologista devido aos tipos de exames solicitados, que podem causar certo desconforto em alguns casos. Mas, ainda assim, é importante ter em mente que esses procedimentos são fundamentais para identificar possíveis ISTs, alterações hormonais, cistos e tumores.
Quando o assunto é exames ginecológicos, muito se fala sobre o temido papanicolau ou a dolorosa mamografia. Porém, existem outros procedimentos imprescindíveis para o rastreamento de doenças, e por isso selecionamos os principais; confira abaixo:
Papanicolau
O papanicolau também faz a análise das células da região do colo uterino para identificar infecções vaginais e infecções sexualmente transmissíveis (IST), vale destacar.
Os exames alterados devem ser vistos por profissionais experientes, uma vez que as condutas e tratamentos são diferentes, conforme cada caso e fase da vida. Para ampliar estas avaliações, o ginecologista poderá solicitar exames complementares, como testes para pesquisa de HPVs, colposcopia e biópsias.
Colposcopia
- O que é e para que serve?
"Podem ser diagnosticadas lesões benignas, como uma cervicite, sinais compatíveis com infecção pelo HPV, lesões displásica em diferentes graus e um câncer em estado inicial, "in situ" ou já invasivo", afirma Claudio.
Vulvoscopia
- O que é e para que serve?
- Resultados
Os sintomas avaliados durante a vulvoscopia podem corresponder a diversas enfermidades, como:
- Doenças autoimunes (Líquen, Doença de Behçet e psoríase)
- Infecções bacterianas (candidíase, cancro mole e furunculose)
- Infecções virais (herpes, molusco contagioso e HPV)
- Infestações (carrapato, oxiúros e larvas)
- Doenças pré-malignas, malignas (câncer)
- Infecções sexualmente transmissíveis (IST).
O histórico e exame clínico da paciente, juntos com a vulvoscopia, permitem uma avaliação mais assertiva para a prevenção e tratamento das doenças dessa região.
Ultrassom pélvico
- O que é e para que serve?
Quando positivo, com descrição de alguma patologia, a conduta clínica/cirúrgica pode ser implementada, a menos que exista necessidade de um exame de imagem complementar com melhor abrangência anatômica para programação cirúrgica.
Ultrassom transvaginal
- O que é e para que serve?
- Resultados
Segundo Luciana Longo, os resultados incluem imagens ecográficas, interpretadas em um laudo pelo médico ultrassonografista que fez o exame.
Ultrassom de mamas
- O que é e para que serve?
- Quem deve fazer?
O ultrassom das mamas pode ser indicado para mulheres abaixo dos 40 anos e/ou com tecidos mamários mais densos. Entretanto, também pode ser prescrito para pessoas de qualquer idade com área ou nódulo palpável (incluindo mulheres, homens e até crianças),ou histórico familiar do câncer de mama. Também é recomendado para mulheres grávidas, que não podem ser expostas à mamografia.
- Resultados
Os resultados do exame podem ser normais ou apresentarem alterações como linfonodos (gânglios), cistos, nódulos ou condensações do parênquima. De qualquer forma, o exame deve ser interpretado em um laudo pelo médico ultrassonografista que fez o exame e, em seguida, analisado pelo ginecologista.
Mamografia
- O que é e para que serve?
- Resultados
O sistema padronizado de classificação dos resultados da mamografia é chamado de BI-RADS. Ele é utilizado no mundo todo e, por isso, permite comparação entre casos. A classificação é feita de 0 (zero), quando necessita de exames adicionais, a VI (seis), quando o câncer já é conhecido, detectado por outros exames, ou quando o caso é muito específico. As classificações intermediárias ajudam a determinar se o nódulo encontrado é benigno ou não, auxiliando também na necessidade da solicitação de uma biópsia, por exemplo. Saiba mais sobre os resultados da mamografia clicando aqui!
Referências
(1) Maíta Poli de Araújo, ginecologista Fleury Medicina e Saúde
(2) Luciana Longo, ginecologista e obstetra da Medicina Fetal do Grupo Fleury
(3) Claudio Basbaum, médico com especialização na Universidade de Paris-França. Professor-Doutor em Ginecologia e Obstetrícia, pioneiro da laparoscopia no Brasil (1967), Introdutor do Parto Leboyer ("Nascimento sem violência") e da técnica "Shantala" (Massagem para bebês) no Brasil e defensor de técnicas menos agressivas à mulher e ao bebê.
(4) Marcelo Marinho de Souza, graduado em Medicina e com Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Diretor Médico do Centro de Reprodução Humana FERTIPRAXIS, especialista em Reprodução Humana com títulos pela Rede Latino Americana de Reprodução Humana (RedLara) e Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). É membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM) e da European Society of Human Reproduction and Embriology (ESHRE).