Ser bonita é o resultado da harmonia entre saúde e bem-estar. De nada adianta estar em paz com o espelho e com o organis...
iEscleroterapia significa secar , eliminar as minúsculas veinhas que se formam, mais frequentemente, na superfície da pele dos membros inferiores, mas, também, pelo corpo e face, cientificamente chamadas de teleangectasias. Muitas são de origem venosa, mais fáceis de desaparecer, e muitas são de origem arteriolar, mais resistentes ao desaparecimento pela escleroterapia.
Existem dois tipos de escleroterapia:
1) A convencional, usando-se substância química a ser injetada no interior do vasinho , preferida pela grande maioria dos Angiologistas e Cirurgiões Vasculares, talvez por 95% deles;
2) A física, a LASER, usada por 5% desses Especialistas.
A escleroterapia convencional, química, consiste em injetar uma solução na luz do vaso, no interior dele (venoso ou arteríola) puncionado, provocando um processo inflamatório das células que o revestem internamente, que se fecha, oblitera, seca, evitando que o sangue circule. Como é o sangue que dá a coloração ao vasinho, porque este é incolor, a pele fica com a coloração
uniforme com a melhora da estética local, sem a visão dos vasinhos . Esses vasinhos foram formados a mais pelo código genético. Portanto, seu desaparecimento não implica em redução do leito vascular circulante, pois o sangue segue por outros caminhos , porque existem bilhões, trilhões de vasos que fazem o trabalho da circulação sanguínea. É um procedimento médico artesanal, de paciência e persistência por parte do Especialista, Angiologista e Cirurgião Vascular, mas, também, por parte da paciente. Deve ser executado por médico Especialista, porque este passou por exaustivo treinamento, além de ter base científica em clínica e anatomia do corpo humano.
Não se pode prever o tempo de duração do tratamento. Tem que se levar em conta o número, a extensão dos vasinhos e a disponibilidade de tempo e de gasto da paciente. Tem vasinhos , teleangectasias, que desaparecem com a primeira dose de injeção; outros exigem uma segunda ou terceira repetição. É preferível repetir a injeção do que forçar na quantidade do líquido injetado e na pressão da seringa, como pedem alguns clientes.
Na Escleroterapia convencional, por injeção direta no vasinho , é usada uma variedade de substâncias químicas, diluídas ou não, de acordo com a experiência e preferência habitual do Médico. Temos a Glicose hipertônica a 75%, injetada pura; temos a Glicose a 50% misturada com outras substâncias como Polidocal, Etamolin, Glicerina cromada, Sotradecol, Variglobin, etc. A melhor substância é a que o Vascular melhor se adaptou e conseguiu sucesso.
A freqüência das sessões varia de acordo com o entender e a experiência de cada Angiologista e Cirurgião Vascular, e a extensão, o número das teleangectasias; Dependendo ainda, dentro do possível, da ansiedade da paciente em querer se livrar logo dos vasinhos . Há colegas que realizam até quatro sessões num mesmo dia, quando é exageradamente grande o número das telangectasias e a pressa da paciente; assim como, a repetição da sessão, para alguns, chega ser diária; para outros, semanal, quinzenal. Varia também a duração de uma sessão. Tem Especialista que calcula pelo número de aplicações; outros pelo tempo de duração de uma sessão; outros pela quantidade de líquido injetado. Conseqüentemente, varia o valor do tratamento, até por pacote, englobando um número X de sessões.
Modéstia à parte, os Angiologistas e Cirurgiões Vasculares brasileiros têm uma habilidade tão destacada que, freqüentemente, recebem elogios de Especialistas do mundo todo, além de atenderem clientes vindas do estrangeiro.
A habilidade destacada de nós Vasculares, não deixa de ser imposta pelo clima tropical brasileiro, com uma população feminina, a mais bela do mundo, exigente, que não aceita freqüentar uma praia, uma piscina com seus vasinhos a mostra, agredindo a beleza de suas pernas.
Algumas clientes comentam: Ah, esses vasinhos sempre voltam depois da secagem dos mesmos! O que na realidade acontece é a formação de novos pelo comportamento do código genético. O cabelo da cabeça, após cortá-lo, cresce novamente; depilam-se as pernas a cada 3 meses, cada mês, cada 15 dias; numa árvore podada pode nascer novos brotos, substituindo o galho cortado, e assim sucessivamente. Terminado o tratamento, passado um ano, repita-o para evitar novo acúmulo de vasinhos , e essa repetição, muitas vezes, vai enfraquecendo a formação de novos. Se você deixa passar anos sem submeter-se a escleroterapia, acumulam tantas teleangectasias que dá a impressão de não ter sido realizada.
Rubem Rino é Diretor do Departamento de Defesa Profissional da SBACV-SP Sociedade Brasileira de Angiolgia e de Cirurgia Vascular-SP