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Na última semana, um post de Sara Onori, mãe de um menino que é autista e tem apenas 2 anos, viralizou nas redes sociais por ilustrar uma situação de discriminação que infelizmente ainda é muito comum com as pessoas que têm essas necessidades especiais.
Sara recebeu uma mensagem da mãe de um colega de Arthur dizendo que o menino não seria convidado para o aniversário de seu filho, pois ele poderia incomodar as outras crianças. "Seu filho é meio problemático", disse a mulher na mensagem para ela.
Segundo Sara, ela era amiga desta mãe e ficou tão surpresa com a mensagem que nem conseguiu responder. Indignada, resolveu compartilhar essa situação em seu Facebook e desabafou: "A deficiência do meu filho não o torna inferior ao seu filho ou a demais crianças."
Na postagem, também afirmou: "Eu e minha família temos um alicerce principiológico, onde o respeito impera, queremos que ele no futuro possa conviver em uma sociedade mais justa". Atualmente, os pais do menino possuem um perfil no Instagram, em que eles compartilham esses ideais e informações sobre autismo.
Autistas também podem ser sociáveis
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que compromete as habilidades de comunicação e interação social e se divide em três tipos: leves, moderados e graves. Mesmo com algumas limitações, muitos autistas conseguem conviver com outras pessoas normalmente, porém a exclusão dessas pessoas ainda é comum.
"Quando as pessoas falam que os autistas vivem no mundo deles, elas não conseguem compreender a forma como eles querem se comunicar ou interagem com o ambiente e desistem de entender", comenta Willian Chimura, que também é autista e tem 25 anos, para uma reportagem que explica 10 mitos sobre o autismo.
Segundo Wilian, essa crença de que pessoas com autismo não têm amigos pode atrapalhar os relacionamentos interpessoais.