Redatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iChoro inconsolável, irritação e temperatura corporal elevada1. Estes costumam ser os primeiros sinais que acompanham o quadro febril no bebê. Em um primeiro momento, a ansiedade1 e a insegurança2 podem surgir entre pais e mães, é verdade; porém, a febre nem sempre é inimiga e pode ser aliviada1 de forma segura.
Antes de se preocupar, vale lembrar que nem todo aumento de temperatura indica febre. Para os serviços de emergência médica, por exemplo, só quando a temperatura atinge 37,8ºC3 é que começa a febre, de fato.
Nesse ponto, devem ser observados alguns sinais2 de alerta: aumento repentino da temperatura, vômitos, erupções cutâneas ou se o bebê tem dificuldade para ingerir líquidos.
Fazer essa observação é importante porque, no caso de infecções5 mais graves, quando a febre vem acompanhada por outros sintomas1, é preciso levar o bebê ao médico o quanto antes, principalmente se ele tiver até três meses de idade.
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De forma geral, entre as causas mais comuns de febre em bebês e crianças, estão problemas de saúde como: gripe, resfriado, pneumonia, sinusite e doença mão-pé-boca6.
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Como abaixar a febre do bebê
A dúvida de muitos pais pode ser resumida em uma única pergunta: o que fazer quando a febre aparece? Em casa, você pode tentar alguns recursos1, tomando cuidado apenas para evitar receitas caseiras.
Abaixo, esclarecemos como cuidar da febre do bebê de maneira segura:
Temperatura: a temperatura pode ser medida por um termômetro tradicional, que deve ser posicionado, preferencialmente, debaixo da axila5 do bebê.
Para medir corretamente, posicione o objeto sob a axila da criança, aguarde até cinco minutos5 e verifique o marcador. Lembrando que, nos pequenos, a temperatura que indica febre é a partir de 37,8ºC3.
Banhos: em caso positivo da febre, o cuidado com o bebê pode ser simples, como um banho. Ao contrário do que o senso comum diz, o banho não deve ser gelado1, uma vez que os calafrios e tremores1 só trarão mais desconforto para a criança.
Sendo assim, a temperatura da água deve estar morna7 e o banho pode durar de 10 a 20 minutos1. Se o banho não for uma opção prática para o momento, compressas de água7 também podem ser utilizadas na testa, panturrilha e pulsos7.
Agasalhos: assim como no caso da água gelada1, deixar o bebê sem roupas7 fará com que o corpo tente aquecê-lo, elevando a temperatura. E vale lembrar que agasalhar em excesso2 também não ajuda. Recomenda-se, então, uma quantidade suficiente de peças para que a criança fique confortável ou em temperatura ambiente.
Hidratação: a febre pode estimular a perda de líquido do corpo, portanto, é importante reforçar a hidratação1 com água e chás naturais. Além disso, a recusa por líquidos pode ser um indicativo de um problema de saúde mais grave2 no bebê.
Álcool: o álcool7 , por meio de compressas, é constantemente relacionado ao tratamento da febre, mas a substância não é indicada, já que pode ser absorvido pela pele ou inalado e ter efeito tóxico no bebê.
Antitérmicos: Os antitérmicos1, como a dipirona, podem ser utilizados para abaixar a febre, mas devem ser indicados pelo pediatra.
Lembre-se: a febre não é uma doença, mas um sintoma8 de algo não vai bem. Por isso, mais do que diminuir a febre, é fundamental investigar a real causa do aumento da temperatura corporal e o tratamento adequado para cada caso.
Referências:
1 - Murahovschi, Jayme. A criança com febre no consultório. J Pediatr (Rio J) 2003;79(Supl1):S55-64. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572003000700007. Acesso em: julho de 2019.
2 - Revista Médica de Minas Gerais. Como os pais lidam com a febre infantil: influência das crenças, conhecimento e fontes informação no cuidado e manejo da febre na criança - revisão sistemática da literatura. 2014; 24(2): 180-185. Disponível em: rmmg.org/artigo/detalhes/1598.
3 - Revista Latino-Americana de Enfermagem. Assessment and risk classification protocol for patients in emergency units. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.22 no.2 Ribeirão Preto Mar./Apr. 2014. Disponível: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692014000200218&lng=en&nrm=iso.
4 - PINTO, Luciano Abreu de Miranda. A febre no lactante. Revista de pediatria - SOPERJ - Número atual: 13(2) - Dezembro 2012. Disponível em: http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=620.
5 - Mayo Clinic. Fever. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/fever/symptoms-causes/syc-20352759.
6 - Center for Disease Control and Prevention. Hand, Foot and Mouth Disease. Disponível em: https://www.cdc.gov/hand-foot-mouth/about/signs-symptoms.html. Acesso em julho de 2019.
7 - Manual MSD. Febre em bebês e crianças. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/sintomas-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/febre-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as.
8 - Healthy Children. Fever and your baby. Disponível em: https://www.healthychildren.org/English/health-issues/conditions/fever/Pages/Fever-and-Your-Baby.aspx.