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iA Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais anunciou, na noite da última quinta-feira (16), que a morte de uma moradora do município de Pompéu se trata de mais um caso fatal da síndrome nefroneural, vinculada ao consumo da cerveja Belorizontina, da marca Backer.
A mulher de 60 anos se tornou a quarta vítima do caso, junto com três homens que vieram à óbito nos primeiros dias de janeiro. Segundo as autoridades, ela morreu com sintomas semelhantes aos da intoxicação causada por dietilenoglicol, substância que foi encontrada em diversos lotes da bebida.
Identificada como Maria Augusta de Campos Cordeiro, ela teria ingerido a cerveja Belorizontina no dia 19 dezembro, na casa de parentes, em Belo Horizonte. Após passar mal, deu entrada na Santa Casa de Pompéu, onde morreu três dias depois, em 28 de dezembro.
Ao todo, 18 casos suspeitos foram notificados aos órgãos públicos. Desses, apenas dois se tratam de pessoas do sexo feminino e 14 continuam sob investigação, uma vez que apresentaram sintomas similares após o consumo da bebida. Todos os pacientes estão internados em estado grave e correm risco de morte.
Suspeita de sabotagem
De acordo com a investigação das autoridades, os casos estão relacionados à ingestão indevida de dietilenoglicol. A substância tóxica, usada apenas no resfriamento de cervejas, sem ter contato direto com a bebida, foi identificada tanto nas garrafas de cerveja, quanto nos tanques e na água usada para a produção das cervejas da Backer.
Em comunicado oficial, a empresa garantiu que não utiliza o dietilenoglicol em nenhuma etapa de produção de suas cervejas. Diante disso, a polícia tem trabalhado com algumas hipóteses que poderiam justificar a contaminação, como: sabotagem, vazamento, procedimentos incorretos.
Na manhã desta sexta-feira (17), a cervejaria apresentou à Justiça um vídeo com um suposto indício de sabotagem nos barris de monoetilenoglicol. Eles estariam adulterados propositalmente, apresentando dietilenoglicol em seu conteúdo. A investigação do caso continua.
Cervejas e lotes recolhidos
Por enquanto, o número de lotes de cervejas contaminadas da Backer saltou de três para 21. Um deles tem a mesma composição da Belorizontina, mas apresenta o nome "Capixaba", por ser distribuído no Espírito Santo.
Além disso, os órgãos públicos divulgaram que outros seis rótulos apresentam perigo à população: Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Backer Brown e Lay Back D2. Autoridades têm recolhido todos os produtos da empresa Backer, que totalizam 22 rótulos diferentes.
Por uma questão de segurança, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a própria diretoria da Backer pediram ao público que não consuma qualquer rótulo da marca e entre em contato com a Polícia Civil ou Vigilância Sanitária para o recolhimento dos produtos.
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