Dermatologista, é membro efetivo e diretora científica da Sociedade Brasileira de Medicina Estética (RJ), coordenadora m...
iSabemos que após a gravidez a mulher tem tendência à queda dos fios. No entanto, o quanto é considerado normal, e por quanto tempo?
O cabelo apresenta um ciclo de vida normal, assim ele nasce, cresce e morre. Esse processo se dá alternadamente e sucessivamente. Cada uma destas etapas está sujeita e influenciada por agentes externos, condições hormonais, faixa etária, entre outros fatores.
Estas três etapas são chamadas respectivamente de fase Anágena (fase de crescimento), Catágena (fase de caminho para o repouso) e Telógena (fase de repouso).
Já para a maioria das mulheres no pós-parto é bastante frequente e normal o surgimento gradual da queda dos fios, fase chamada de eflúvio telógeno fisiológico. Logo, não se espante ou fique alarmada! Isto acontece, principalmente, devido às previsíveis alterações nas taxas dos hormônios, no período da amamentação e puerpério.
Além disso, este episódio pode ocorrer ou se intensificar até mesmo devido ao estresse provocado por essa mudança brusca de vida que vem com a chegada do bebê. Ou, ainda, pelo estresse da cirurgia naquelas que tiveram que se submeter a uma cesariana, por exemplo. Isso porque todo estresse cirúrgico pode favorecer à queda de cabelos.
Por quanto tempo o cabelo cai após o nascimento do bebê?
Tudo isto demanda um determinado tempo para estabilização dos hormônios e do aspecto emocional, que, em geral, varia entre 3 a 6 meses.
Entretanto, esse período pode se estender e se agravar em algumas mamães se houver também problemas nutricionais, anemia, esgotamento físico e nervoso, depressão, ansiedade e doenças autoimunes e da tireóide. Nestas situações é imprescindível a indicação do acompanhamento médico, ressaltando que cada caso é ímpar e precisa ser investigado e avaliado por um profissional especializado
Falhas no cabelo após o parto
A queda habitual e normal de cabelo do pós-parto é uniforme e difusa. Ou seja: não existe ou aparecem falhas localizadas e bem definidas no couro cabeludo, chamadas de areatas. Se observar isso consulte o médico, porque certamente o agente causador pode ser algum distúrbio de outra ordem.
Também é muito importante salientar que a amamentação não exerce nenhuma piora na queda de cabelo na fase pós-gestação. Essa transição dos folículos capilares que estão na "fase de repouso" faz parte do processo e, para mulheres que nunca apresentaram problemas capilares antes da gestação, não há necessidade de preocupação, ela vai passar.
O período pós-gravidez desempenha e traz transformações no corpo feminino e sua cabeleira pode sofrer certas mudanças, como modificações na textura ou na hidratação, podendo se tornar mais secos ou oleosos.
Aquelas que desejam cuidados mais intensivos com os fios e a estimulação do crescimento antes ou depois da regularização hormonal, devem procurar ajuda do médico tricologista para analisar o couro cabeludo e saber quais tratamentos são permitidos. E se já apresentaram ou trataram problemas capilares antes da gravidez, é recomendado que sejam acompanhadas durante a gravidez e amamentação pelo especialista.