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No Brasil, a situação da epidemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) têm alertado as autoridades. Um levantamento preliminar aponta que o número de pacientes em estado grave e que possuem menos de 60 anos é maior do que o esperado.
Apesar da taxa de letalidade do vírus ser comprovadamente maior entre idosos, considerados como grupo de risco da COVID-19, dados recentes sobre a doença no país indicam que a porcentagem de jovens e adultos mortos está maior do que na China - onde a pandemia começou.
De acordo com um boletim do Ministério da Saúde, do total de 201 mortos no Brasil, até o dia 1 de abril, 20 eram pessoas abaixo de 60 anos. Este número corresponde a 10% dos óbitos. Além disso, sete desses pacientes (4%) tinham menos de 40 anos.
Reforçando essa tendência, o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, disse em entrevista à TV Globo nesta semana que "a segunda faixa etária que mais se interna é a de 30 a 39 anos".mark{ background:red; color:white;} .infoBox{font-family:serif !important; text-align:center;} .tippy-content{width: 281px !important;} .tippy-tooltip.red-theme{background-color: red; font-weight: bold; color: #fff; box-shadow: 0 30px 90px -20px rgba(0,0,0,0.3), 0 0 1px #a2a9b1; padding: 20px; height: auto; border: solid white 5px;} .uhname{ color: #fff !important; font-family:Georgia, serif!important; font-size:20px !important; font-weight: 900 !important; margin:0px !important; padding:0px !important; text-transform: uppercase !important;} .uhtitle{color: #fff !important; font-family:Georgia, serif !important; font-size:16px; margin:0px; padding-top:3px; padding-bottom:10px; font-weight:600!important; opacity: 1 !important;} .uhbackground {color: #fff !important;font-weight: 400 !important;font-family:sans-serif !important; font-size:14px!important; margin: 0px!important;;} .infoBox a{text-decoration:underline; color: #fff !important; font-size:14px; padding-top:4px;} .uhwhite-line{width: 57px; height:3px; background-color:#fff; margin-left: 112px; margin-bottom: 16px; border-radius: 1px;}
Por outro lado, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que, entre os jovens, os casos serão assimétricos, com número de óbitos baixo. "Estatisticamente, a gente acha que vai seguir o que se viu na China, na Itália e em outros lugares", declarou.
A título de comparação, as mortes de pacientes com menos de 60 anos na China corresponderam a 6% do total e os óbitos de menores de 40 anos foram de apenas 3%. Ou seja, o cenário chinês apresenta um patamar bem diferente de letalidade por idade quando associada ao Brasil.
São Paulo possui o maior número de casos
Atualmente, São Paulo é o estado com maior número de casos no Brasil. Segundo o último balanço do governo estadual, pacientes acima de 60 anos configuram 20% do total, enquanto que cerca de 40% de todos os infectados é de jovens entre 20 e 39 anos.
Além disso, dos 136 mortos no estado, 12 foram de pacientes com menos de 60 anos e 5 óbitos foram de menores de 40 anos. Estima-se ainda que esses números sejam muito maiores, já que o governo aguarda a divulgação do resultado de cerca de 23 mil testes, muitos realizados em pessoas que já morreram.
Mortes de jovens no Brasil
No dia 31 de março, foi registrada a morte do paciente mais jovem infectado pelo SARS-CoV-2, chamado Matheus Aciole, de 23 anos. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) e a Secretaria Municipal de Saúde de Natal.
Ainda nesta semana, uma mulher de 32 anos morreu no Rio de Janeiro e um homem de 43 anos faleceu no Amazonas - todos com diagnóstico confirmado de COVID-19. No mesmo período, em São Paulo, um jovem de 26 anos, sem histórico de doenças e adepto de uma rotina saudável, também veio a óbito depois de apresentar um quadro leve de sintomas.
Qualquer um pode ser infectado
Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz de São Paulo, afirma que os jovens precisam se precaver, não apenas pelos idosos, mas por si próprios. "Eles acham que por ser jovem não vão apresentar sintoma ou não vão pegar [a COVID-19]. Entretanto, são frequentes os casos e não são tão simples. Eles estão tendo casos severos igual a pessoas idosas", afirma.
A gravidade dos casos entre jovens depende do estilo de vida do paciente. Doenças pré-existentes, como bronquite, diabetes e hipertensão, e hábitos como tabagismo também são fatores de risco para a doença. Além disso, Muarrek defende que a intensidade da doença está relacionada com a capacidade pulmonar de cada pessoa.
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Dentre seus pacientes que estão na UTI, mais da metade são pessoas abaixo de 60 anos. A velhice é considerada um fator de risco para mortalidade, o que não quer dizer que jovens não vão contrair a doença. Por isso, a médica adverte que todos devem tomar cuidados. "Acho que o mais importante é todos terem os cuidados de higienização e evitar colocar a mão no rosto".
Com relação aos efeitos a longo prazo da COVID-19, a infectologista afirma que ainda não se sabe qual será a consequência nos pacientes brasileiros, mas é possível que haja sequelas pulmonares.
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