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Com o isolamento social e a quarentena como medidas para conter a disseminação do novo coronavírus, as escolas pararam e as crianças estão passando mais tempo em casa com a família.
E de acordo com a pesquisa realizada pelo aplicativo de perguntas israelense Dynamo, as últimas cinco semanas promoveram alterações no comportamento dos pequenos com idade entre 8 e 12 anos.
Os resultados apontaram que as crianças dessa faixa etária no Brasil, Estados Unidos e Israel estão começando a sentir mais saudade dos amigos, ainda que não estejam sentindo tanta falta da rotina diária de antes.
Crianças e o isolamento social
A pesquisa investigou o que os pequenos fariam se tivesse uma hora livre ao longo das semanas e constatou que o percentual de vontade de ver os amigos foi aumentando. Era 14,4%, em 10 de fevereiro; depois 16,8%, em 9 de março; e 22,6%, em 16 de março.
Além de ver os amigos, dormir também foi uma das opções que sofreu aumento com o tempo. Em contrapartida, ainda que a preferência pelo videogame seja maior, ela foi perdendo força.
A boa notícia é que as crianças ainda não estão se sentindo tristes. Inclusive, o percentual de felicidade também cresceu: 65%, 66,4% e 66,8%, respectivamente. "Este resultado pode ser devido ao fato de que as crianças têm agora seus pais 24 horas por dia e isso é um motivo de felicidade" comenta Nim Bar-Levin, co-fundador e CEO do Dynamo.
Mas segundo a psicanalista brasileira, Daniele John, especializada em crianças e adolescentes essa situação não deve se sustentar por muito tempo. Isso porque, quanto maior o tempo de clausura, mais difíceis as coisas tendem a ficar, uma vez que a perda da "vida normal" vai cada vez mais mostrando seus efeitos.
E acaba sendo diferente para adolescentes porque para eles, "de modo geral, é mais difícil estar "preso" junto com os pais e longe dos amigos. Agora as crianças conseguem suportar bem a ausência dos amigos se estiverem com seus pais", explica.
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