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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, identificou que o sexo oral sem o uso de preservativos pode ser uma das causas da vaginose bacteriana, condição que afeta cerca de 20% das mulheres ao redor do mundo.
Também chamada de VB, essa infecção é um dos tipos mais comuns de vulvovaginite, responsável por causar um corrimento branco-acinzentado com forte odor, semelhante ao cheiro de peixe, além de irritação vaginal, coceira e dor ao urinar.
De acordo com os cientistas, a relação entre o sexo oral e a vaginose bacteriana pode ser explicada através da bactéria Fusobacterium nucleatum, que é um dos microrganismos mais presentes na boca humana. Durante as análises, foi observado que o micróbio acelerou e intensificou o crescimento de bactérias causadoras da infecção vaginal.
Benefícios da descoberta
A descoberta feita pelos cientistas estadunidenses pode auxiliar na hora do diagnóstico de complicações ginecológicas. Isso porque cada tipo de infecção vaginal requer um tratamento específico, de modo que os sintomas sejam cessados e a causa seja descoberta, fazendo com que o problema não volte a aparecer.
Apesar de não ser considerada grave, a vaginose bacteriana, se não tratada adequadamente, pode gerar uma série de complicações ao organismo feminino. O desequilíbrio da flora vaginal faz com que o corpo se torne mais vulnerável a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e infecções urinárias. Estudos também associaram a VB com parto prematuro em gestantes.
Como fazer sexo oral de forma segura
O uso de preservativos ainda é associado apenas como forma de prevenir uma gravidez indesejada. Porém, especialistas afirmam que ela deve ser utilizada em todas as relações sexuais, havendo ou não penetração (vaginal ou anal), por ser o principal meio de prevenção às ISTs.
A ginecologista Bárbara Murayama explica que, ao praticar sexo oral em mulheres, é essencial o uso de papel filme. Outra forma de se proteger é cortar um preservativo ao meio e aplicá-lo na região genital feminina. "O importante é que toda a área que terá contato com a boca do(a) parceiro(a) seja coberta", afirma.
Ao realizar sexo oral em homens, é recomendado o uso da camisinha masculina desde o início, pois não é apenas o sêmen liberado na ejaculação que pode transmitir doenças: a pele do pênis pode conter lesões, como verrugas e outras não vistas a olho nu, que podem ser transmitidas ou desencadear outras doenças.
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