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O que é
A Eletroneuromiografia (ENMG) é um exame realizado no campo neurológico para identificar doenças que atingem os nervos e os músculos, avaliando o funcionamento do sistema nervoso do paciente através de impulsos elétricos.
Eletroneuromiografia de mmii
Na eletroneuromiografia de membros inferiores, o foco do exame é diagnosticar complicações na região dos pés, pernas e coxas. Normalmente, esse tipo de procedimento é indicado quando o paciente apresenta queixa de incômodo nessas áreas, como dormência, formigamento, fraqueza e cãibras.
Como é feito
O procedimento pode ser realizado com eletrodos ou agulhas, dependendo da região em que o paciente apresenta queixa e o que precisa ser investigado pelos médicos. Em geral, cada tipo funciona da seguinte maneira:
- Eletrodos: são colados na pele para que seja feita a avaliação dos nervos, que respondem aos estímulos elétricos dados pelo aparelho.
- Agulhas: pequenas agulhas descartáveis são inseridas nos músculos, comparando a resposta dessas áreas ao aparelho durante o repouso e com o estímulo elétrico.
Para que serve
A avaliação médica através da eletroneuromiografia é solicitada quando há suspeita de que alguma doença neurológica está acometendo os nervos periféricos, como é o caso, principalmente, de doenças ligadas ao neurônio motor.
"Solicitamos o exame quando queremos diferenciar alguma alteração clínica, como fasciculações, mioclonias e suspeita de alguma radiculopatia (doenças das raízes dos nervos) e tremores", explica a neurologista Gesika Amorim.
O exame é capaz de detectar doenças de origem compressiva, como:
- Hérnia de disco
- Tumores
- Miastenia gravis
- Doenças do neurônio motor, como a ELA
- Síndrome de Guillain-Barré
- Síndrome do túnel do carpo
- Botulismo
- Traumas de nervos periféricos
- Atrofia muscular espinhal
Os resultados da ENGM trazem uma grande clareza clínica sobre o quadro de saúde de cada paciente, permitindo com que os médicos entendam os sintomas e o ponto de origem das alterações neurológicas. Assim, o diagnóstico demonstra de forma precisa o local da doença, auxiliando na escolha do tratamento adequado.
Preparo para o exame
Gesika explica que, antes da realização do exame, o paciente é orientado a tomar banho com um sabonete simples, retirando toda a oleosidade do corpo. Após a higienização, não deve ser feita a aplicação de loções, cremes ou óleos corporais. Além disso, é recomendado que as vestimentas usadas no dia sejam curtas, como shorts e camiseta.
De acordo com o Ministério da Saúde, em casos de suspeita de trauma do nervo periférico, o paciente deve apresentar um histórico de, pelo menos, 21 dias de lesão para que o exame possa ser realizado.
Eletroneuromiografia: preço e onde fazer
O exame de eletroneuromiografia pode ser realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde que haja encaminhamento médico. O procedimento também está disponível em clínicas particulares, custando a partir de R$ 300.
Eletroneuromiografia dói?
O paciente pode sentir um certo desconforto por causa da eletroestimulação, já que são utilizados dispositivos semelhantes a agulhas para a realização do exame. Porém, as ferramentas usadas durante o procedimento são colocadas superficialmente na pele, o que permite que a ENMG seja tolerável.
"O paciente deve ser informado que, após o exame, ele pode apresentar uma sensação de peso no corpo. Os membros parecem mais pesados, como se você tivesse feito muita atividade física, mas é normal e passa rápido", ressalta a neurologista Gesika Amorim.
Contraindicações
O exame de eletroneuromiografia é contraindicado para pacientes com algumas complicações no coração, como quem possui implante de marca-passo e cateter intra cardíaco, já que a eletricidade utilizada no procedimento pode interferir no funcionamento e desprogramar esses dispositivos. Quanto à pele, o paciente não pode ter abscessos, tromboflebite ou alguma alteração cutânea.
Outras condições que não permitem a realização do exame são:
- Doenças graves e consumptivas, como insuficiência renal crônica
- Peritonite
- Pacientes com distúrbios psiquiátricos
- Pneumotórax
Fontes
Gesika Amorim, médica neuropsiquiatra especialista em Autismo, Medicina Integrativa, Homeopata e Ortomolecular, CRM 580830 - RJ
INF - Instituto de Neurologia Funcional