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Uma das dúvidas mais comuns durante a gravidez é sobre o consumo de determinados alimentos.
Esse questionamento é totalmente normal, principalmente por conta do medo da toxoplasmose. A doença infecciosa é conhecida por ser causada por um protozoário encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, mas que também pode ser transmitido pela alimentação.
Por isso, conversamos com especialistas no assunto para descobrirmos de vez se grávidas podem consumir peixe e frutos do mar. Confira:
Peixe e frutos do mar na gravidez: pode ou não?
Segundo Alberto d'Áuria, ginecologista e obstetra da Maternidade Pro Matre Paulista, essas duas classes de alimentos devem ser tratadas separadamente.
"O peixe é um alimento extremamente saudável. Então, quando bem manipulado e preparado, pode e deve ser consumido por mulheres durante a gravidez", afirma o médico.
Ao mesmo, tempo, o obstetra desaprova o consumo de frutos do mar, como ostras, mariscos e camarão, pois esses são alimentos que exigem alta manipulação.
Sobre a preparação do peixe cru, é preciso certificar-se sobre procedência e segurança da manipulação e preparo do alimento. Com todos esses cuidados tomados, não é preciso abrir mão da comida japonesa, como o sushi e o temaki, durante a gravidez.
Portanto, o consumo de peixe, preferencialmente preparado em alta temperatura, está liberado durante a gravidez. Mas vale lembrar sobre os casos de alergia ao alimento. Já o consumo de frutos do mar deve ser interrompido.
Como preparar peixe para grávidas
O peixe é um alimento extremamente saboroso. Em pouco tempo na cozinha, é possível prepará-lo e garantir uma refeição deliciosa.
Contudo, durante a gravidez, é extremamente preciso evitar frituras. Tal orientação se dá pelo fato de que o fígado da grávida é sobrecarregado ao metabolizar uma quantidade muito grande de hormônios e, assim, perde parte da capacidade de quebrar as moléculas de gordura.
Portanto, prefira as preparações cozidas, assadas ou grelhadas, utilizando temperos naturais.
Quantidade segura de peixe na gravidez
De acordo com a Lívia Munhoz, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana da Huntington Medicina Reprodutiva, existe uma quantidade segura de consumo de peixe na alimentação de grávidas.
"O consumo de peixe pode causar contato com metais pesados. Então, orientamos o consumo do alimento até duas vezes por semana. Os peixes pequenos são aqueles que têm menor concentração de metais pesados, como linguado, tilápia e sardinha. Já os maiores, como salmão e atum, podem oferecer maior carga da substância", conclui a profissional.
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