Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (1990) e posterior formação em infectologia pel...
iSem dúvida você já ouviu falar do perigo que é contrair meningite meningocócica. De fato, essa doença é de evolução rápida e pode levar a óbito em apenas 24h, bem como provocar sequelas graves. Mas você sabe como a doença meningocócica é contraída, transmitida e quais os sintomas que indicam a infecção?1,4
Com o apoio da GSK, o infectologista Jessé Alves esclareceu muitas dúvidas sobre a doença durante o Minha Vida ao Vivo. Confira as principais perguntas abaixo e assista ao vídeo na íntegra clicando aqui.
1. O que é a meningite meningocócica?
Jessé Alves: Há muitos tipos de meningite. Há aquelas meningites causadas por bactérias, vírus e até fungos, sendo a meningocócica um dos tipos de meningite bacteriana. Talvez ela seja aquele tipo que todo mundo já ouviu falar em algum momento, pois é aquela meningite que causa um quadro mais fulminante, mais grave. A doença evolui de maneira muito rápida. 1,3
2. O nome é justamente por causa da bactéria que causa meningite?
Jessé Alves: Exatamente. Há bactérias, como a pneumococo, que tem o nome ?pneumo? que lembra pulmão. Ela também pode causar meningite. Há também outra bactéria, a Haemophilus, que também pode causar meningite. 1,3
O meningococo tem um nome semelhante à meningite porque ele realmente está muito relacionado aos quadros de infecção do sistema nervoso central. Lembrando que a meningite é uma infecção na membrana que reveste o cérebro e todo o tecido nervoso. Por isso, essa bactéria está muito atrelada à meningite.1,3
3. E por que a meningite meningocócica é a mais grave?
Jessé Alves: Ela evolui de maneira muito rápida. Primeiro, acomete mais crianças pequenas, de uma maneira geral. A faixa etária mais acometida é de crianças com menos de 5 anos. Predominantemente, são crianças com menos de 1 ano. A doença evolui de uma maneira muito rápida. Em poucas horas, uma criança que estava bem, brincando, se alimentando toda risonha, começa a ter sintomas como febre alta, mal estar geral, além de ficar mais caidinha e deixar de ficar responsiva. Dependendo da evolução da doença, em 12h ou 24h essa criança vai estar em uma unidade de terapia intensiva (UTI) pela rapidez com que a doença se instala.1-3
4. Há outros sintomas que mostram a necessidade de ficar alerta?
Jessé Alves: Os sintomas iniciais da meningite meningocócica, e também de outras meningites, são pouco específicos. Geralmente, se inicia com um quadro de febre, como uma febre alta. As crianças que já falam vão se queixar de dor de cabeça, às vezes de tontura. As crianças menores começam a deixar de se alimentar, e a ficar mais sonolentas.1-3
Aquelas crianças que ainda têm a fontanela (a moleira), ela passa a ficar mais abaulada, e esse é um sinal muito característico da meningite. Um dos sinais que nós também observamos quando a criança chega no pronto-socorro ou no consultório médico é a chamada rigidez de nuca. A criança não consegue dobrar o pescoço. E não consegue dobrar a cabeça exatamente por essa inflamação que está acontecendo nas membranas que revestem o cérebro.1,3
5. Qual é a forma de prevenção?
Jessé Alves: Há várias maneiras de prevenir e tentar reduzir a transmissão, como evitar locais com muita aglomeração. O problema é como impedir isso, principalmente no caso dos adolescentes. Como vamos impedir o adolescente de beijar, trocar copos e talheres1,³ É muito difícil. Por isso, há uma forma muito efetiva de prevenção, conhecida há muitas décadas, que é a vacinação específica para essa bactéria1,3,4.
Lembrando que há tipos diferentes da bactéria meningocócica, por isso ela é classificada de acordo com o componente que tem na cápsula que a envolve, que chamamos de sorogrupos. Há diferentes sorogrupos e vacinas para prevenção dos principais tipos do meningococo3,4.
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Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.
Referências
1 - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal meningitis Factsheet: WHO; 2018. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis. Acesso em: 21 Out 2020.
NP-BR-MNX-STBD-200018 - NOV/2020