Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Alagoas (2015). É médica residente em Ginecologia e Obstetrícia pela U...
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O óleo de coco é bastante conhecido por ajudar a emagrecer, aliviar a prisão de ventre e trazer benefícios para a pele. Além de todas essas vantagens, ele também é um produto que auxilia na higiene íntima da mulher de diferentes formas: agindo como um remédio preventivo para infecções, desodorante natural e até lubrificante.
De acordo com a ginecologista Ianara Ramos, o óleo de coco tem em sua composição o ácido caprílico e o ácido láurico, que são potentes hidratantes naturais. "Ele tem ação bactericida e fungicida, calmante e ajuda a controlar o pH vaginal. Desse modo, o óleo de coco pode ser usado como coadjuvante no tratamento algumas infecções vaginais, como a candidíase de repetição, como lubrificante durante sexo e após a relação sexual caso a mulher perceba algum incômodo causado pelas mini fissuras", diz a médica.
Outro benefício do óleo de coco para a mulher é o alívio dos sintomas da menopausa. "A atrofia vaginal é mais evidente na menopausa e ele tem um importante papel na lubrificação vaginal e conforto no ato sexual", diz Ianara. A mesma lógica do uso do óleo de coco como lubrificante vaginal vale para mulheres que lidam com o câncer de mama e sentem que a lubrificação na região diminuiu.
Como passar o óleo de coco na região íntima?
Segundo Ianara, os estudos com o uso de óleo de coco ainda são observacionais e de prática clínica, não existe nenhum estudo científico e por isso não há dados sobre a periodicidade que o produto deve ser passado na região íntima da mulher.
"O que costumamos orientar é o uso após o banho, uma vez ao dia. Pode ser usado na forma líquida ou armazená-lo em ambiente mais frio, como a geladeira, antes da aplicação. A aplicação pode ser com o dedo ou com aplicadores vaginais", diz a médica.
A especialista indica passar o óleo em toda a região íntima externa (vulva), na região perianal ou ser introduzido pela vagina, dependendo de seu uso, como a lubrificação ou o tratamento de infecções vaginais.
"O óleo de coco fracionado não possui tanto o cheiro do coco, que pode incomodar mais a mulher, principalmente gestante. Já o óleo de coco extra virgem, que tem uma consistência mais sólida, acaba deslizando melhor e é bem interessante para aquelas que procuram melhorar a lubrificação vaginal", afirma a especialista sobre as opções de óleos.
A principal contraindicação em relação ao uso do óleo de coco está na mistura do produto com o látex. "O óleo de coco não pode ser usado com látex, que é o principal componente da camisinha masculina, pois pode degradar o material e perder a eficácia do preservativo", avisa Ianara.
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