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Teste ergoespirométrico: o que é e como é feito?
O teste ergoespirométrico é um exame de esforço em que são avaliadas as variáveis ventilatórias e as obtidas em um teste ergométrico. Para realizá-lo, o paciente é submetido a um esforço físico de dois a oito minutos, até chegar à exaustão, para que sejam medidos o volume de oxigênio consumido e o de gás carbônico produzido.
Também são monitoradas as quantidades de ar inspiradas e expiradas, o ritmo do coração e a pressão arterial. Anteriormente, o teste era usado para avaliar as causas de dispneia em pacientes sem origem determinada. Hoje, porém, ele tem outras utilidades para além da dispneia.
Por que fazer o teste ergoespirométrico?
A partir das variáveis obtidas no teste ergoespirométrico, como pressão arterial, frequência cardíaca e eletrocardiográficos, é possível realizar a avaliação funcional de doenças cardíacas e pulmonares. Além de auxiliar o diagnóstico de dispneia, o teste ergoespirométrico é um exame indicado para:
- atletas avaliarem o condicionamento físico
- avaliação de pré-operatório de cirurgias (cardíacas ou não, pneumectomia)
- pré-operatório de cirurgia bariátrica.
Como é a preparação do teste?
Assim como o teste ergométrico, o ergoespirométrico utiliza eletrodos no paciente. É feita uma limpeza na pele no local onde os componentes são alojados. Também é colocado um manito para a monitorização da pressão arterial. Em alguns casos, é usado o oxímetro para monitorar a oxigenação.
É recomendado que o paciente não fume antes nem depois do exame; é indicado, também, que não sejam aplicados cremes e hidratantes no corpo para que os eletrodos sejam aplicados; o exame não deve ser realizado em jejum.
No dia do exame, a orientação é vestir uma roupa leve e todas as explicações são dadas para o paciente, sendo assinado um termo de consentimento - como qualquer exame de esforço.
Contraindicação do teste ergoespirométrico
As contraindicações do teste ergoespirométrico são similares às do teste ergométrico:
- insuficiência cardíaca em classe funcional III ou IV (NYHA)
- pericardites ou miocardites agudas
- estenose aórtica grave sintomática
- doenças febris
- hipertensão não controlada
- angina estável
- pacientes com alguma condição ortopédica ou cadeirantes.
Pacientes com condições ortopédicas ou cadeirantes podem realizar um exercício de braço em vez da esteira como alternativa para o teste.
Onde fazer?
É um método restrito e poucos locais realizam o teste ergoespirométrico. Normalmente o teste é encontrado em clínicas particulares de cardiologia ou pneumologia e laboratórios.
Referência
Ministério da Saúde
Danilo Fernandes, Cardiologista do Hospital Brasília - CRM 16202 DF
Classificação funcional da New York Heart Association (NYHA)