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Pela primeira vez na América Latina, pesquisadores conseguiram analisar e explicar uma estrutura viral completa. O estudo foi realizado por cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que analisou o funcionamento do vírus Mayaro, considerado uma espécie de "primo" da Chikungunya.
O patogênico circula pelo Brasil desde 2019, provocando sintomas como febre, dores articulares e musculares de longa duração. Além disso, já foram registrados quadros clínicos graves causados pelo vírus, como hemorragia, complicações neurológicas e morte.
A pesquisa, publicada na revista científica Nature Communications, revelou detalhes sobre a estrutura do Mayaro que podem ajudar no desenvolvimento de métodos mais eficazes de diagnóstico, assim como medicamentos e imunizantes contra a doença, que ainda não possui um tratamento específico.
De acordo com os dados relevados, o sistema molecular do vírus é aproximadamente 100 mil vezes menor que a espessura de um fio de cabelo. O estudo também relatou que informações sobre como o patogênico se replica e desenvolve foram descobertas - fatores que podem facilitar o desenvolvimento de vacinas e remédios.
Febre do Mayaro
A febre Mayaro é uma arbovirose (como a Dengue e o Zika vírus), causada pelo vírus MAYV, que costuma ser transmitido pelo mosquito Haemagogus, comum em áreas rurais e florestais. Existe o risco de que ela possa ser transmitida pelo Aedes aegypti. O vírus é da mesma família da febre Chikungunya (os togavírus) e os dois quadros têm sintomas bastante parecidos.
Os principais sinais da febre Mayaro são:
- Febre baixa
- Dor de cabeça
- Dores no corpo (mialgia)
- Dores nas articulações (artralgia) e inflamações nas articulações (artrites)
- Manchas no corpo (exantemas)
Normalmente, os sintomas da febre Mayaro se resolvem sozinhos em até duas semanas. Entretanto, também é possível que as dores e inflamações nas articulações possam durar por mais tempo.