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Nas últimas semanas, o estado do Rio Grande do Sul vem enfrentando um surto de doença diarreica aguda (DDA), uma síndrome gastrointestinal transmitida pelo Norovírus que tem como principal sintoma a diarreia, além de dor abdominal, febre, náusea e vômitos.
De acordo com o último boletim epidemiológico emitido pela Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, mais de duas mil pessoas em 25 municípios do estado, incluindo a capital Porto Alegre, já apresentaram sintomas da DDA. Apenas nove das 25 cidades confirmaram que o surto foi causado pelo agente Norovírus, enquanto as outras 16 aguardam investigação.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, a transmissão da doença ocorre através do consumo de água ou alimentos contaminados. Nos casos causados pelo Norovírus, a transmissão ainda pode ocorrer pelo contato com superfícies contaminadas ou diretamente com secreções corporais de pessoas contaminadas.
Tratamento da DDA
Geralmente, a doença atinge mais crianças de até cinco anos e pode causar intensa desnutrição ou desidratação, principalmente por conta de sintomas como diarreia e vômito. Por isso, o paciente deve receber atendimento médico logo na primeira manifestação dos sintomas.
No boletim epidemiológico, a Secretaria de Saúde do estado explica que, em casos de sintomas leves, são recomendados repouso e aumento na ingestão de líquidos para evitar a desidratação, principalmente em crianças e idosos. Já em casos com sintomas mais graves, deve-se procurar a unidade de saúde mais próxima.
Como se prevenir?
De acordo com o comunicado da Secretaria Estadual de Saúde, recomenda-se que a população siga as seguintes medidas sanitárias:
- Consumir água potável de fontes seguras tratadas, que tenham processo de desinfecção por cloro ou outra tecnologia. Caso seja desconhecida a fonte, em situações de emergência, recomenda-se fervê-la antes do consumo e antes do preparo de alimentos por, no mínimo, cinco minutos
- Higienizar as superfícies, equipamentos e utensílios utilizados no preparo e no consumo de alimentos com água tratada e/ou fervida
- O gelo para consumo ou para a conservação de alimentos deve ser oriundo de água potável e/ou fervida
- Higienizar as mãos de forma adequada, lavando-as com água e sabão, principalmente após a utilização de banheiro, troca de fraldas, antes de preparar e manipular alimentos e antes das refeições
- Afastar as pessoas doentes das atividades de manipulação de alimentos e reforçar a higiene pessoal mesmo após o desaparecimento dos sintomas
- Realizar a limpeza da caixa d'água uma vez ao ano ou sempre que necessário.