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O papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, é um vírus responsável por provocar infecções na pele e nas mucosas. Com mais de cem tipos diferentes, cada HPV está associado a doenças diferentes, de verrugas genitais a cânceres.1
Na maioria dos casos, a infecção causa o aparecimento de verrugas na pele de braços, tórax, mãos ou pés. Quando a área afetada é de mucosas, o vírus se manifesta em partes úmidas do corpo, como vagina, ânus e garganta.2
As infecções ocorrem, principalmente, a partir do contato direto com pele e mucosas infectadas. Isso pode acontecer através de feridas e machucados expostos, relações sexuais sem o uso de preservativos ou, até mesmo, durante o parto, já que, se uma gestante apresentar verrugas genitais provocadas pelo HPV, por exemplo, há chances de que o bebê se contamine.1
As infecções podem ser prevenidas de diferentes maneiras. O uso adequado de preservativos é recomendado, mas a principal forma de prevenção atual é a vacinação. A vacinação contra o HPV está disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.1 Além disso, homens imunossuprimidos de até 26 anos podem se vacinar e mulheres com imunossupressão, vivendo com HIV/Aids, com câncer ou transplantadas - e que tenham até 45 anos, também podem se vacinar gratuitamente pelo SUS. Entretanto, o HPV é um vírus que pode atingir pessoas de todos os gêneros e de todas as idades, principalmente aqueles que já tiveram relação sexual em algum momento de suas vidas.1,2
Além do uso adequado de preservativos e da vacinação, é importante fazer exames de rotina e observar mudanças no corpo para ajudar a evitar a disseminação do vírus. Ao notar o aparecimento de verrugas, é importante que um(a) médico(a) seja consultado(a). A partir do diagnóstico, a pessoa infectada poderá ser tratada e receber as orientações preventivas para que o HPV não seja propagado.3
Apesar de, na maioria dos casos, a infecção ser associada a mulheres, o HPV é a principal causa de câncer do colo uterino, sendo responsável por 610 mil diagnósticos de cânceres tanto em homens quanto em mulheres no mundo todo. Entre os homens, podemos destacar como doenças associadas ao HPV os cânceres anal, de orofaringe e de pênis.4
Todo esse cenário demonstra a importância de entender como ocorrem as infecções pelo HPV e desmistificar informações incorretas sobre o vírus.
Mitos e verdades sobre o HPV
A infecção pelo HPV é rara: mito.
A infecção por HPV é extremamente comum. No Brasil, estima-se que 700 mil novos casos ocorram anualmente, ultrapassando o número de 10 milhões de pessoas contaminadas.5
A infecção pelo HPV só causa verrugas: mito.
As infecções podem se manifestar de diferentes formas e causar verrugas. Algumas pessoas podem apresentar sangramento fora do período menstrual, dor pélvica ou genital, dor ou sangramento durante a relação sexual e lesões palpáveis no colo do útero.6
A vacinação pode prevenir mais de um tipo de HPV: verdade.
A vacinação pode prevenir diferentes tipos de câncer relacionados aos HPVs, como o câncer de colo de útero, vulva e vagina. Além disso, a imunização é capaz de prevenir o aparecimento de verrugas genitais provocadas por alguns tipos do vírus.3
O HPV só é transmitido pelo sexo: mito.
Os tipos de HPV que causam o aparecimento de verrugas cutâneas são contraídos através do contato direto com a pele e mucosas infectadas. Já as chamadas ''verrugas plantares'', por exemplo, podem se ocorrer se você andar descalço(a) por um local público.6
O HPV tem cura: verdade.
Apesar de variar de acordo com cada quadro clínico, um dos principais tratamentos para pessoas com verrugas associadas ao HPV é a retirada, o que pode levar a cura para grande parte delas.1
Os preservativos protegem totalmente contra o HPV: mito.
Apesar de ser extremamente importante na prevenção de das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o uso adequado dos preservativos não é suficiente para evitar a contaminação pelo HPV, já que eles não cobrem todas as áreas passíveis de serem infectadas.4
O HPV pode levar anos para se manifestar: verdade.
Por nem sempre provocar sintomas, o vírus pode permanecer no organismo por anos sem se manifestar. Assim, uma pessoa infectada pode transmitir o HPV mesmo sem ter conhecimento do diagnóstico.2
Para saber mais sobre vacinação, prevenção e outros assuntos pertinentes ao HPV, clique aqui.
Referências
1. Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/condiloma/36/. Acesso em 8 de novembro de 2021.
2. Ministério da Saúde. Saúde amplia vacinação contra HPV para mulheres imunossuprimidas com até 45 anos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/saude-amplia-vacinacao-contra-hpv-para-mulheres-imunossuprimidas-com-ate-45-anos. Acesso em 17 de novembro de 2021.
3. American Cancer Society (ACS). HPV and cancer. What is HPV? 2020. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/cancer-causes/infectious-agents/hpv/hpv-and-cancer-info.html. Acesso em 8 de novembro de 2021.
4. Sociedade Brasileira de Ultrassonografia (SBUS). Carta aberta aos médicos - vacinação HPV. Disponível em: https://sbus.org.br/carta-aberta-aos-medicos-vacinacao-hpv/. Acesso em 8 de novembro de 2021.
5. Van Dyne EA, Henley SJ, Saraiya M et al. Trends in human papillomavirus - associated cancers - United States, 1999?2015. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2018;67(33):918- 24.
6. Abreu MN, Soares AD, Ramos DA et al. Knowledge and perception of HPV in the population over 18 years of age in the city of Ipatinga - State of Minas Gerais, Brazil. Cien Saude Colet. 2018;23(3):849-60. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/mfqJb6nrxLjtyh9VWxH4sSP/?lang=pt. Acesso em 10 de Setembro de 2021.
7. Luria L, Cardoza-Favarato G. Human papillomavirus. Treasure Island: StatPearls. 2021. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK448132/. Acesso em 10 de Setembro de 2021.
Este material informativo não substitui a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá orientá-lo(a) sobre a prevenção de doenças e o uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido orientação médica.
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