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A vacinação de grávidas com os imunizantes Pfizer e Moderna diminui as chances de hospitalização de bebês com coronavírus em 61%, aponta um levantamento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Publicada nesta terça-feira (15), a pesquisa também demonstrou que o período no qual a gestante é imunizada influencia na eficácia da resposta imunológica dos bebês.
Com o esquema completo de vacinas no começo da gestação, a proteção foi de 32%. Já para bebês cujas mães foram vacinadas no fim da gravidez, a proteção foi de 80% - o que é coerente com o fato que os níveis de anticorpos diminuem nos meses posteriores às doses.
De acordo com Dana Meaney-Delman, ginecologista e autora da análise, 88% dos bebês internados em UTI com Covid-19 nasceram de mães que não receberam o imunizante antes ou durante a gestação.
Os pesquisadores acreditam que a vacinação nesse período está relacionada à presença de anticorpos no leite e nos soros maternos do parto, além de haver transferência de anticorpos contra a doença também por meio da placenta.
O estudo, que acompanhou bebês de até seis meses hospitalizados entre julho de 2021 e janeiro de 2022, não levou em consideração as mulheres que receberam o imunizante antes da gravidez. Somente foram incluídas na pesquisa aquelas que receberam as duas doses ou a segunda dose da Moderna ou Pfizer durante a gestação.
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A vacinação contra Covid-19 na gravidez é segura?
No ano passado, o CDC e o Comitê Consultivo em Práticas de Imunização realizaram uma revisão de dados que comprovou a vacinação segura contra o coronavírus em mais de 30 mil gestantes nos Estados Unidos.
Ademais, os resultados do V-Safe, programa de monitoramento e segurança do CDC após a imunização contra a Covid-19, apontaram a segurança de tomar a vacina durante a gravidez. As taxas de abordo espontâneo, bebê natimorto e doenças neonatais entre as gestantes imunizadas foram as mesmas das taxas gerais de mulheres não vacinadas.
"A vacinação contra Covid-19 durante a gravidez é recomendada para prevenir doenças graves e morte em mulheres grávidas. Os bebês correm risco de complicações associadas à doença, incluindo insuficiência respiratória e outras complicações com risco de vida", diz o estudo do CDC.
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