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Um estudo feito pelo Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS) analisou o impacto da campanha de vacinação contra a COVID-19 em crianças de cinco a 11 anos no Brasil. A avaliação calculou quantas hospitalizações e óbitos podem ser evitados com a imunização, além dos custos evitados de internações hospitalares.
A pesquisa foi realizada por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal do ABC e do Observatório da COVID-19.
A análise considerou lentos o ritmo e a cobertura da vacinação em comparação ao ritmo ideal de vacinação que o Sistema Único de Saúde seria capaz de atingir.
Foram assumidos dois cenários de administração de vacinas em crianças de cinco a 11 anos com a vacina da Pfizer (BNT162b2): a média de vacinação atual, com aproximadamente 250 mil doses administradas por dia; e a média ideal, considerando a administração de um milhão de doses por dia.
De acordo com o levantamento, as hospitalizações evitadas poderiam levar a uma redução de custos de R$ 146 milhões em todas as faixas etárias, sendo R$ 56 milhões apenas decorrentes de hospitalização de crianças.
Vacinação infantil contra COVID-19
Os pesquisadores desenvolveram e utilizaram um modelo dinâmico compartimental a fim de simular a progressão e a ocorrência do coronavírus no Brasil considerando o atual cenário de predominância da variante Ômicron.
Os resultados do estudo apontaram que, em um cenário de vacinação no ritmo ideal, até o mês de abril, seria possível evitar cerca de 5.400 hospitalizações e 430 óbitos por COVID-19.
Também foi averiguado que a vacinação dessas crianças evitaria ainda 14 mil hospitalizações e cerca de três mil óbitos por coronavírus de pessoas de outras faixas etárias.
Porém, levando em conta o ritmo atual da administração de vacinas, a pesquisa indica que o impacto da vacinação não será tão eficiente. Ou seja, vacinar as crianças com maior velocidade reduziria o impacto do vírus em todas as faixas etárias e poderia evitar óbitos e hospitalizações.
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