Redatora especialista em família e bem-estar, com colaboração para as editorias de beleza e alimentação.
As autoridades sanitárias dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), autorizaram o primeiro preservativo direcionado para sexo anal, e não apenas vaginal.
Embora os órgãos de saúde já recomendem o uso de preservativos para sexo anal, até então a permissão era que as empresas comercializassem oficialmente seus produtos como "seguros e eficazes" para uso vaginal.
Especialistas em saúde sexual dizem que um preservativo especificamente indicado pode melhorar a probabilidade de uso de proteção durante o sexo anal, a fim de se proteger contra o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), a probabilidade de se contrair o vírus por sexo anal receptivo é 17 vezes maior do que sexo vaginal receptivo.
A decisão se aplica a um preservativo fabricado pela Global Protection Corp. chamado ONE.
Preservativo para sexo anal
O ensaio clínico para a liberação do preservativo envolveu 252 homens, com idades entre 18 e 54 anos, que fazem sexo com homens e 252 homens que fazem sexo com mulheres.
A taxa de falha do teste foi de 0,68% para sexo anal e 1,89% para sexo vaginal, o que atingiu as expectativas da FDA, que havia estabelecido uma taxa de falha de até 5%.
Após a empresa Global Protection Corp. apresentar tais resultados, foi então permitido que ela adicionasse 'sexo anal' ao uso pretendido do preservativo no rótulo do produto.
Os pesquisadores por trás do estudo, publicado na eClinicalMedicine do jornal The Lancet, atribuíram o sucesso dos testes ao fornecimento de lubrificante e a inclusão de informações corretas sobre como usar o produto.
De acordo com o comunicado feito pelas autoridades sanitárias dos EUA, outras empresas de preservativos agora poderiam solicitar uma aprovação semelhante caso apresentem resultados equivalentes.