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A quarta dose da vacina Pfizer-BioNTech contra a COVID-19 reduz em 78% a taxa de mortalidade em idosos. É o que indica um estudo realizado em Israel e publicado no último domingo (27).
Realizada pelo Departamento de Medicina Comunitária de Clalit em conjunto com dois centros acadêmicos israelenses, a pesquisa de caráter preliminar usou dados de mais de meio milhão de pessoas com idades entre 60 e 100 anos. Desse grupo, 58% receberam a segunda dose de reforço. O restante recebeu apenas a primeira dose adicional.
As análises foram realizadas por 40 dias, entre janeiro e fevereiro deste ano, época em que a variante ômicron já era dominante. Foram registradas 92 mortes entre aqueles que receberam a quarta dose e 232 mortes entre os que tomaram apenas a terceira dose. Para Ronen Arbel, pesquisador de resultados de saúde do Clalit and Sapir College, "a principal conclusão é que o segundo reforço salva vidas".
É importante ressaltar que a pesquisa foi realizada com idosos que tomaram a quarta dose da Pfizer. Pessoas que receberam alguma dose da vacina da Moderna ou que fizeram terapia oral anti-COVID foram excluídas do estudo.
4ª dose já é aplicada no Brasil
A quarta dose da vacina contra COVID-19 já está sendo aplicada em diferentes estados brasileiros. Desde o dia 23 de março, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação do segundo reforço para a população idosa acima de 80 anos e para pessoas imunossuprimidas a partir de 12 anos. A vacina deve ser aplicada quatro meses após a terceira dose.
Antes mesmo da orientação da pasta, sete estados brasileiros já tinham começado a aplicação da quarta dose da vacina na população geral, seguindo o critério de faixa etária. O estado de São Paulo, por exemplo, iniciou a aplicação da dose adicional em pessoas a partir de 80 anos no dia 21 de março e, desde o dia 27, já está aplicando a vacina para a população acima de 60 anos.
Além de São Paulo, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Pará também haviam antecipado a campanha de vacinação com a quarta dose.
Porém, com a recomendação pelo Ministério da Saúde, municípios e estados podem adotar esquemas específicos e próprios para a aplicação da segunda dose de reforço em suas populações. Por isso, vale ficar de olho nos cronogramas de vacinação da sua cidade e tirar as dúvidas no posto de saúde mais próximo para receber as principais orientações sobre a vacinação.