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Muitas condições podem não apresentar sinais aparentes ou se manifestam por meio de sintomas pouco específicos, caracterizando as chamadas doenças silenciosas.¹ Entre essas patologias, o câncer de ovário se destaca por ser o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum, ficando atrás apenas do câncer de colo de útero.² Ele se destaca também por ser o que representa maiores riscos entre os tumores localizados no aparelho reprodutivo feminino.¹
Entenda, a seguir, por que o diagnóstico precoce é essencial para o rastreio correto da doença e como funciona o tratamento.
Câncer de ovário pode ser silencioso
O câncer de ovário é um tumor do tipo epitelial, isto é, que afeta os tecidos da região acometida, em 90% dos casos.¹𑁦² Um dos principais problemas da doença é que ela costuma ser assintomática no início. Este é um dos motivos pelos quais, em 60% das ocorrências, a doença já está na fase metastática quando diagnosticada, pois quando os sintomas se manifestam, o estágio desse câncer está mais avançado.¹
Quando apresenta sintomas, porém, o câncer ovariano tem como sinais nos três meses anteriores ao diagnóstico:¹
- Dor nas costas
- Fadiga
- Dor abdominal
- Inchaço abdominal
- Prisão de ventre
- Problemas no trato urinário.
Quais são os fatores de risco?
Em geral, o câncer de ovário é majoritariamente comum em pessoas que estão na chamada pós-menopausa. Mas isso não exclui nenhum grupo de vir a ter esse tipo de tumor. Além disso, apesar de ser mais comum em pessoas com idades entre 55 e 64 anos, essa doença pode acometer pessoas que tenham ovários independentemente de sua faixa etária.²
Estudos sugerem que pessoas com endometriose também são mais propensas a desenvolverem câncer no ovário.³𑁦⁴ Sabe-se ainda que mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 também aumentam as chances de ter o tumor. Essas mutações, que são um fator hereditário (ou seja, características que podem ter sido herdadas do pai ou da mãe, ou de ambos), são as mesmas que impactam o risco de câncer de mama, por exemplo.⁴𑁦⁵
Outra predisposição para o câncer ovariano é verificada em pessoas com a chamada síndrome de Lynch.⁵ E o uso de métodos contraceptivos orais por um longo período, assim como o de terapias hormonais no período da pós-menopausa, também pode favorecer o aparecimento de tumores nos ovários.1
Diagnóstico precoce é essencial
Pelas características de seus sintomas, o câncer de ovário costuma ser diagnosticado, erroneamente, como gastrite, síndrome do intestino irritável, estresse ou mesmo depressão.⁶ Por isso, um dos esforços da comunidade médica tem sido no sentido de realizar o diagnóstico do câncer de ovário o mais cedo possível, para que o tratamento precoce da doença seja feito.
Por isso, é essencial manter a rotina de exames preventivos, como o rastreio para possíveis mutações genéticas, testes de marcadores CA 125, além da ultrassonografia transvaginal. Essa rotina é válida não apenas para o início do tratamento adequado, mas também para evitar possíveis erros de diagnóstico, como os falso-positivos, que podem levar à remoção desnecessária dos ovários.⁷𑁦⁸
Esse acompanhamento de rotina é uma das ações que contribuem para que pacientes acometidas pelo tumor ovariano possam alcançar a cura da doença, recuperando sua qualidade de vida. Somente com o diagnóstico precoce e o tratamento correto é possível mudar as estatísticas atuais, já que, atualmente, a taxa de sobrevivência de pessoas com a doença em estágio avançado não passa dos 20%.⁸
Tratamento
Uma vez diagnosticado o câncer de ovário, seu tratamento consiste em cirurgia para remoção dos ovários, uso de medicamentos por meio da quimioterapia, além de terapia-alvo para eliminar todas as células cancerígenas.⁹ Lembrando que apenas um especialista pode determinar o melhor tratamento para cada caso.
Referências
1. Doubeni CA, Doubeni AR, Myers AE. Diagnosis and Management of Ovarian Cancer. Am Fam Physician. 2016;93(11):937-44.
2. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de Ovário. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de cancer/cancer-de-ovario. Acesso em 12 de abril de 2022.
3. Stewart C, Ralyea C, Lockwood S. Ovarian Cancer: An Integrated Review. Semin Oncol Nurs. 2019;35(2):151-156.
4. Herreros-Villanueva M et al. Endometriosis-associated ovarian cancer: What have we learned so far? Clin Chim Acta. 2019;493:63-72.
5. Andrews L, Mutch DG. Hereditary Ovarian Cancer and Risk Reduction. Best Pract Res Clin Obstet Gynecol. 2017;41:31-48.
6. Williams P, Murchie P, Cruickshank ME et al. The use, quality and effectiveness of pelvic examination in primary care for the detection of gynaecological cancer: a systematic review. Fam Pract. 2019;36(4):378-386.
7. Roett MA, Evans P. Ovarian cancer: an overview. Am Fam Physician. 2009;80(6):609-16.
8. Menon U, Karpinskyj C, Gentry-Maharaj A. Ovarian Cancer Prevention and Screening. Obstet Gynecol. 2018;131(5):909-927.
9. Reverdy T, Sajous C, Péron J et al. Front-Line Maintenance Therapy in Advanced Ovarian Cancer-Current Advances and Perspectives. Cancers (Basel). 2020;12(9):2414.
Este material informativo não substitui a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá orientar você sobre a prevenção de doenças e uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido a orientação médica.
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