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Uma revisão de estudos associou a vacina da gripe a um menor risco de problemas cardiovasculares sérios, como um infarto. De acordo com a pesquisa, pessoas que se vacinaram contra a influenza teriam 34% menos chance de desenvolverem problemas cardiovasculares nos 12 meses após a imunização.
O trabalho foi realizado por pesquisadores de instituições estadunidenses e canadenses e observou que 3,6% dos imunizados apresentaram algum problema cardiovascular sério em até um ano após a vacinação. A porcentagem subiu para 5,4% em pessoas que não haviam sido vacinadas, representando uma redução de 34% no risco de problemas no coração.
Ainda de acordo com a pesquisa, os benefícios da vacina também podem incluir o menor risco de infarto entre pessoas que já sofreram com a condição. Entre os vacinados analisados pelo estudo, o risco de infartar novamente foi 45% menor em comparação com os não vacinados.
Para os autores do estudo, “é essencial aconselhar os pacientes de alto risco sobre os benefícios cardiovasculares da vacina contra o influenza”, conforme escreveram no artigo publicado no periódico Jama Network Open. Isso porque a gripe está associada a um risco aumentado de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca.
Como o estudo foi feito?
A pesquisa em questão foi feita a partir da compilação de dados de estudos clínicos randomizados conduzidos entre 2000 e 2021. Os trabalhos estudados comparavam voluntários que receberam a vacina contra o vírus influenza com pessoas que não tomaram ou que receberam uma injeção com placebo, uma substância sem efeito terapêutico. No total, seis estudos foram incluídos na revisão, com um pouco mais de nove mil participantes com idade média de 65 anos.
Campanha de vacinação contra a gripe está em andamento no Brasil
A campanha de vacinação contra a gripe está em andamento no Brasil desde 4 de abril e seguirá até 3 de junho. As doses estão sendo oferecidas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para os seguintes públicos:
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Trabalhadores da saúde;
- Crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias);
- Gestantes e puérperas;
- Povos indígenas;
- Professores;
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;
- Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema prisional;
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas;
- População privada de liberdade.