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Chamada de hormônio do sono, do escuro ou da noite, a melatonina é produzida naturalmente pelo organismo à noite, na glândula pineal, localizada no cérebro. Seu papel é manter o ciclo do sono equilibrado e preparar o corpo para as suas funções noturnas. Ou seja, ela “avisa” aos órgãos que a noite começou.
Entretanto, com a presença cada vez mais frequente da luz noturna, principalmente a de LED (de lâmpadas ou de eletrônicos, como computadores, celulares, TV etc.), é comum jovens apresentarem um déficit parcial de melatonina. Isso porque a luz inibe a produção natural desse hormônio, prejudicando o sono.
Por dificultar a percepção de que já anoiteceu e favorecer a privação de sono, a falta de melatonina pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, de hipertensão e de disfunções neurocognitivas e metabólicas, como ganho de peso e obesidade.
Para recuperar os níveis de melatonina, é preciso adotar hábitos que favoreçam o sono saudável, como reduzir a iluminação durante a noite. Também é possível suplementar.
Sobre os suplementos de melatonina
As principais indicações de suplementação de melatonina por via oral são para idosos com insônia, pessoas com dificuldade para dormir e acordar cedo e em casos de jet lag e de cegueiras, quando pode haver dificuldade na produção natural do hormônio.
É preciso, porém, ter cuidado na hora de suplementar. Afinal, o uso em horário inadequado (de dia, por exemplo) pode atrapalhar ainda mais o relógio biológico e o metabolismo. Tirando esse ponto de atenção, há poucas contraindicações.
A melatonina só não deve ser utilizada por gestantes, lactantes ou por pessoas com alergia a algum dos componentes presentes no suplemento.
Como suplementar a melatonina?
A dose típica de melatonina é de 1 mg a 5 mg. Essa variação depende, principalmente, da condição clínica que levou à indicação do uso. Não é preciso prescrição para utilizar melatonina, pois ela foi liberada para comercialização como “suplemento alimentar”.
Porém, é sempre importante consultar um médico para investigar a causa da falta de sono e receber a indicação da quantidade específica de suplemento, evitando possíveis efeitos colaterais, como sonolência diurna e dor de cabeça.