Nutricionista responsável pelo setor de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI). É especialista em nutrição clíni...
iRedatora especialista em bem-estar, família, beleza, diversidade e cuidados com a saúde do corpo.
O café é uma das bebidas mais presentes na vida do brasileiro. Seja durante a manhã ou no final da tarde, muitas pessoas possuem o hábito de consumir a bebida pelo menos uma vez ao dia.
Logo, como parte da cultura do país, as crianças aprendem sobre o café desde muito cedo. Entretanto, assim como outras limitações relacionadas à idade, a participação dos pequenos na rotina do cafézinho diário deve ser feita com atenção.
A partir de qual idade a criança pode tomar café?
De acordo com Antônio Wanderson Lack de Matos, especialista em nutrição clínica, o mais indicado é que o consumo de café ocorra após os seis ou sete anos de idade.
Isso porque o organismo da criança já terá certa maturidade para poder lidar com os estímulos da cafeína. Porém, o nutricionista alerta: a dosagem deve ser pequena, por volta de 50 ml por dia.
“Isso já seria o máximo que uma criança dessa idade, com peso mais ou menos em torno de 30 kg, pode consumir”, conta. Antônio também ressalta que, com seus malefícios controlados, o café pode gerar benefícios protetores, já que é rico em antioxidantes, minerais e vitaminas.
Cuidados necessários
A limitação na quantidade de café consumida durante a infância tem como objetivo evitar os efeitos nocivos da bebida. “Como sabemos, o café é um estimulante do sistema nervoso central e, com o tempo, se feito diariamente, pode induzir a um determinado vício. Isso pode levar a criança a ter ansiedade ou dor de cabeça - coisas que não deveriam acontecer nessa idade”, alerta Antônio.
Apesar de muitos pais não oferecerem café aos filhos, grande parte autoriza o consumo de refrigerantes, que também possuem cafeína na composição. Entretanto, há diferenças relevantes entre os dois.
Segundo o nutricionista, o nível de açúcar e os elementos que compõem as bebidas fazem com que o café, por ser natural, traga menos riscos à saúde da criança do que as bebidas gaseificadas.
“O ideal seria não consumir nenhum dos dois, porque o café tem determinadas substâncias que inibem a absorção do ferro, que é essencial nessa idade para o crescimento e desenvolvimento de glândulas, amadurecimento hormonal etc. Então, é muito importante para a eficiência da criança não consumi-lo em grande quantidade”, finaliza Antônio.