Clínico geral especialista em Medicina Preventiva. Formado pela Escola Paulista de Medicina, na Universidade Federal de...
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O autoexame da tireoide é um método utilizado para detectar possíveis distúrbios na glândula, que fica localizada na parte inferior da garganta. A região é responsável por regular o funcionamento de diferentes órgãos - e alterações no seu funcionamento podem afetar a saúde mental e corporal.
Carlos Machado, clínico geral especialista em Medicina Preventiva, conta que exames da tireoide são recomendados desde o nascimento, já que existem condições como o hipotireoidismo congênito.
“Os exames de sangue para detectar a função da tireoide e a função do hormônio cerebral que estimula a tireoide são chamados TSH, T4 livre e T3. São exames importantes, podemos pedir em uma criança quando a gente percebe que existe suspeita de alguma alteração da tireoide para cima ou para baixo - hipertireoidismo ou hipotireoidismo”, explica o médico.
O autoexame da tireoide funciona?
De acordo com Carlos, o autoexame da tireoide não é eficaz. Isso porque a técnica só permite um diagnóstico tardio, já que apenas nódulos grandes ou um aumento significativo da região podem ser observados durante o método. O especialista conta que a maioria dos nódulos da tireoide só é detectada com o exame de ultrassom, pois tem entre cinco milímetros e um centímetro.
“Vamos pensar assim: numa consulta médica, em que o médico vai com a experiência dele apalpar a região da tireoide no pescoço, só vai detectar lesões grandes, de tireoide muito volumosas ou nódulo muito volumoso, do tamanho de um ou dois centímetros”, explica Carlos.
Dessa forma, o autoexame, que é feito com a observação da área com a ajuda de um espelho, apenas consegue identificar a presença de nódulos em estado avançado. Isso descarta outros distúrbios de tireoide, como a baixa quantidade de hormônios tireoidianos.
Importância da consulta médica
A consulta médica de rotina é o método mais eficaz para detectar alterações na tireoide. Segundo Carlos, o ideal é que exames preventivos sejam feitos entre duas e três vezes ao ano, seja em bebês, gestantes, adultos ou idosos.
“Os nódulos precisam ser detectados por exames de imagem quando a gente sabe que tem uma história familiar ou que existe uma suspeita”, diz o médico.
Caso não haja a possibilidade de realizar exames com frequência, é importante observar um aumento ou nódulo na região da garganta, assim como outros sintomas:
- Alteração no peso;
- Diminuição da frequência cardíaca;
- Alteração dos ciclos menstruais e na fertilidade;
- Fraqueza muscular;
- Problemas intestinais.
Esses sinais podem indicar alterações na tireoide, como aumento ou diminuição dos hormônios tireoidianos. Por isso, é importante a procura por ajuda médica e a realização de um ultrassom na região.