Redatora especialista na elaboração de conteúdo sobre saúde, beleza e bem-estar.
*Conteúdo Patrocinado
Apesar de pouco conhecida, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um dos principais problemas de saúde que podem ser provocados pelo tabagismo¹. Ela se caracteriza por um aumento progressivo da dificuldade para respirar, que, se não tratada, é capaz de levar rapidamente à morte¹.
Como os sintomas são sutis no começo² e parecidos com os de outras doenças respiratórias, é comum que a DPOC seja confundida com reflexos do envelhecimento ou até mesmo com asma¹. Por isso, para facilitar o diagnóstico, é fundamental entender como esse processo acontece, quais são os sinais de alerta e o que fazer se eles aparecerem. Confira a seguir:
O grau de gravidade da doença é avaliado principalmente com base na espirometria¹. Assim, dependendo da quantidade de ar expirada no primeiro segundo de exame, ou seja, do Volume Expiratório Forçado (VEF1), a DPOC pode ser dividida em¹:
- Leve: VEF₁ ≥ 80% do previsto¹
- Moderada: 50% ≤ VEF₁ <80% do previsto¹
- Grave: 30% ≤ VEF₁ <50% do previsto¹
- Muito grave: VEF₁ < 30% do previsto¹
Dado que a doença não tem cura, a agilidade no diagnóstico é fundamental para aumentar a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes¹. Geralmente, os médicos indicam a manutenção de hábitos saudáveis, como parar de fumar, praticar exercícios físicos e ter uma alimentação equilibrada¹, além do uso de medicamentos por via inalatória¹.
Durante esse processo, o acompanhamento junto a um especialista é indispensável para saber se as medidas realmente estão dando resultado ou se é necessário mudar a estratégia¹, já que o tratamento sempre deve se adaptar às demandas do paciente em cada uma das fases da doença³.
Justamente por isso é tão importante que o Ministério da Saúde tenha atualizado o protocolo clínico da DPOC, incorporando dois novos broncodilatadores à rede pública⁴. São eles: a associação em pó inalante (brometo de umeclidínio + trifenatato de vilanterol) e a solução para inalação em nuvem suave (tiotrópio monoidratado + cloridrato de olodaterol)⁴.
A melhor parte é que as novidades podem ser aproveitadas por qualquer um que receber uma prescrição médica no Sistema Único de Saúde (SUS)⁴, aumentando as possibilidades de tratamento para os 6 milhões de brasileiros que convivem com a DPOC⁵.
Referências
1 - BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças respiratórias crônicas. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica, Brasília - DF, série A, n. 25, 2010. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf. Acesso em 12 set. 2022.
2 - SOCIEDADE DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (SOPTERJ). Protocolo de diagnóstico e tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica da Sociedade do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.sopterj.com.br/wp-content/uploads/2018/03/protocolo-dpoc-2018.pdf. Acesso em 12 set. 2022.
3 - BRAIDO, F. et al. Switching treatments in COPD: implications for costs and treatment adherence. Int. J. Chron. Obstruct Pulmon. Dis., [s. l.], v. 10, p. 2601–2608, 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4671757/. Acesso em 12 set. 2022.
4 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Portaria Conjunta nº 19 , de 16 de novembro de 2021. Brasília, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta_no-19_2021_pcdt_dpoc__.pdf. Acesso em 12 set. 2022.
5 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA (SBPT). Mês de atenção à DPOC: uma das doenças pulmonares mais prevalentes em adultos. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/t/gold/. Acesso em 12 set. 2022.