Formado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grasso do Sul (UFMS), ele fez residência em Pneumologia pela Unive...
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A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por uma inflamação (bronquite) ou até mesmo destruição das vias aéreas (enfisema pulmonar). Quando chega nesse último estágio, a condição se torna irreversível. Entretanto, uma possível saída para evitar o quadro é o diagnóstico precoce, que, consequentemente, leva ao tratamento já nos sintomas iniciais.
O problema é que, na maioria das vezes, o paciente é tabagista, e acaba procurando o médico somente quando está com falta de ar (sintoma mais avançado da doença). Isso costuma acontecer porque muitas pessoas fumantes interpretam a tosse ou a expectoração como sinais normais, devido ao fumo.
Para ser considerado precoce, o diagnóstico precisa ocorrer nos primeiros sinais da doença. E isso é um grande diferencial para a qualidade de vida do paciente. Afinal, a função pulmonar já fica comprometida desde o início do quadro. Então, quanto mais cedo a DPOC for diagnosticada, mais chances a pessoa terá de evitar a redução da função pulmonar.
Como é feito o diagnóstico precoce de DPOC
O diagnóstico precoce começa com a busca ativa, entendendo se o paciente tem contato com cigarro, qual é a exposição ocupacional dele e se apresenta algum sintoma respiratório. Depois de analisar esses critérios, é realizado o exame de prova de função pulmonar ou a espirometria. Um raio-X do tórax e uma tomografia também podem fazer parte do diagnóstico.
Ao realizar esse rastreamento precoce da DPOC, já sabemos que há uma queda significativa no risco de perder a função pulmonar. Isso, é claro, se o paciente parar de fumar, receber as medicações adequadas, realizar atividade física e tomar vacinas (especialmente a da gripe, a pneumocócica e da COVID-19). Essas atitudes melhoram a qualidade de vida e aumentam a sobrevida dos pacientes.
Tratamento para DPOC
O tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica é feito através de broncodilatadores - indicados para todos os níveis da doença. Em casos de inflamação eosinofílica ou exacerbação dos sintomas, a doença pulmonar obstrutiva crônica também pode ser tratada com corticóide inalado.
Além disso, também é preciso seguir o tratamento não farmacológico, que inclui parar de fumar, praticar atividade física e tomar vacinas contra doenças respiratórias. Nos pacientes com sintomas exacerbados, há ainda a indicação de reabilitação pulmonar.