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Ter uma rotina ativa de atividade física é benéfico para a saúde independente da hora em que o exercício é feito. Mas um novo estudo descobriu que treinar à tarde ou à noite pode ajudar a controlar o açúcar no sangue de forma mais efetiva.
Publicado na última terça-feira (1º), no jornal científico Diabetologia, o estudo concluiu que praticar exercícios físicos entre o final da tarde e a meia-noite pode reduzir a resistência à insulina, regulando os níveis de glicose no sangue. Por isso, essa pode ser uma estratégia interessante para o tratamento de diabetes.
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Para chegar aos resultados, o time de pesquisadores analisou os dados de 775 participantes, homens e mulheres, entre 45 e 65 anos, de um outro estudo, o “Netherlands Epidemiology of Obesity” (NEO), da Holanda.
Os pesquisadores avaliaram o tempo sedentário (ou seja, período em que os participantes não praticavam atividades físicas) e intervalos no tempo sedentário (momento em que realizavam exercícios físicos), o teor de gordura no fígado e resistência à insulina.
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Os participantes foram divididos entre aqueles que eram mais ativos pela manhã (entre 6 horas e meio-dia), pela tarde (entre meio-dia e 18 horas), pela noite (entre 18 horas e meia-noite) ou que praticavam atividades físicas moderadas a intensas de forma distribuída ao longo do dia.
O objetivo era investigar possíveis relações entre esses fatores analisados, conforme explicou Jeroen van der Velde, do Departamento de Epidemiologia Clínica da Leiden University Medical Center e principal autor do estudo, ao Healthline.
Treinos noturnos reduziram em até 25% a resistência à insulina
Os resultados do estudo mostraram que o exercício físico feito à tarde estava associado a uma redução de 18% na resistência à insulina e, à noite, a uma redução de 25%, em comparação com a distribuição de atividade ao longo do dia.
Além disso, os pesquisadores descobriram que o tempo gasto em atividades físicas moderadas a intensas reduziu o teor de gordura no fígado e a resistência à insulina. Porém, não houve diferença significativa na redução do açúcar no sangue entre aqueles que praticaram atividade física pela manhã e aqueles que distribuíram suas atividades ao longo do dia.