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Também conhecida como insuficiência renal crônica, a DRC é uma doença que leva à falência lenta e gradual da função renal. Como consequência, o paciente tem diversas funções do corpo comprometidas, como a pressão arterial e níveis de vitamina D.
Uma das principais gravidades da complicação é que, na maioria das vezes, ela surge de maneira silenciosa - até mesmo em seu estado mais avançado. Entretanto, alguns quadros podem ser sinalizados por sintomas, como mal-estar geral e fadiga.
Nos Estados Unidos, a DRC representa entre 35% e 55% dos custos totais de saúde de pessoas com a doença, considerando, ainda, que a chance de internação desses pacientes é duas vezes maior do que pessoas sem a complicação.
Porém, um novo estudo pode ajudar a reduzir as internações em até 14%. Denominada EMPA-KIDNEY e conduzida pela Medical Research Council Population Health Research Unit da Universidade de Oxford, a pesquisa contou com 6.609 adultos randomizados de oito países, todos portadores da doença renal.
Benefícios encontrados
O ensaio clínico de Fase III EMPA-KIDNEY usou a molécula empagliflozina como forma de tratamento da doença, o que ajudou a reduzir a progressão da DRC e de morte cardiovascular em 28%.
"Sabemos que há uma necessidade urgente de novas terapias que comprovadamente retardem a progressão da DRC até a fase em que há necessidade de tratamentos debilitantes, como diálise e transplante. Os resultados apresentados hoje demonstram que a empagliflozina pode beneficiar adultos em todas as etapas de gravidade da DRC", disse William Herrington, Professor Associado, Cientista Clínico da Oxford Population Health, Consultor Nefrologista Honorário e Co-Pesquisador do EMPA-KIDNEY.
"Ao reduzir o risco de progressão da doença renal ou morte cardiovascular, a empagliflozina tem o potencial de atender à necessidade não atendida de pessoas que vivem com a doença e impactar positivamente os sistemas de saúde em todo o mundo”, complementou.
Possibilidades futuras
A empagliflozina já é utilizada no tratamento de insuficiência cardíaca e diabetes tipo 2. Se implementado como alternativa para casos de insuficiência renal, o medicamento pode ajudar a reduzir significativamente os danos provocados pela doença.
“Os resultados do EMPA-KIDNEY apresentados hoje oferecerão esperança às pessoas que vivem com DRC. Também somos encorajados pela redução do risco de hospitalização por insuficiência cardíaca ou morte cardiovascular após apenas dois anos, pois essa descoberta está alinhada com diminuições significativas observadas em estudos anteriores de resultados cardiovasculares da empagliflozina”, ressaltou Jeff Emmick, MD, Ph.D., Vice-presidente de Desenvolvimento de Produto da Eli Lilly.
Agora, há intenção de submissões regulatórias para uma nova indicação de empagliflozina na DRC em 2023.