Redatora especialista na cobertura de conteúdos sobre saúde, bem-estar, maternidade, alimentação e fitness.
Quatro meses após o falecimento, a causa da morte de Jô Soares foi divulgada na sexta-feira (23). De acordo com Flávia Pedras Soares, sua ex-mulher, o apresentador sofreu insuficiência renal e insuficiência cardíaca em decorrência de seu quadro de obesidade e de problemas cardíacos.
Jô Soares faleceu no dia 5 de agosto deste ano, aos 84 anos, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. De acordo com a certidão de óbito do artista, à qual o site Notícias da TV teve acesso, o apresentador também sofreu de estenose aórtica e de fibrilação atrial.
A estenose aórtica é um estreitamento da válvula aórtica, que permite o fluxo de sangue do ventrículo esquerdo do coração até a aorta, e dela para o corpo. A condição faz com que o coração trabalhe mais para bombear o sangue através da válvula, podendo levar, com o tempo, à insuficiência cardíaca.
Leia mais: Caso do ator Pedro Paulo Rangel: quando a DPOC pode levar à morte?
Já a fibrilação atrial é um tipo comum de arritmia cardíaca, caracterizada pelos batimentos cardíacos rápidos e irregulares. Com isso, o sangue não é bombeado de forma eficiente para o resto do corpo, levando a sintomas como fraqueza e fadiga. Se não tratada, também pode evoluir para um quadro de insuficiência cardíaca.
Insuficiência renal e cardíaca: quais são os sintomas e causas?
A insuficiência renal pode ser dividida em crônica e aguda. O primeiro caso é caracterizado pela falência lenta, progressiva e silenciosa da função dos rins. Consequentemente, há o acúmulo de líquidos e de resíduos no organismo, afetando diversas funções do corpo, como o controle da pressão arterial, a produção de glóbulos vermelhos e os níveis de Vitamina D.
A doença acontece quando uma outra condição de saúde prejudica a função renal. Conforme explicado anteriormente ao MinhaVida por Carlos Machado, clínico geral especialista em Medicina Preventiva e nefrologista, a hipertensão arterial é uma das principais causas da doença. Além disso, a insuficiência renal está relacionada à diabetes, à doença do rim policístico, à infecção renal recorrente, a doenças autoimunes, ao uso excessivo de analgésicos, entre outras causas.
Já a insuficiência renal aguda é a perda súbita da capacidade dos rins de funcionarem adequadamente, filtrando resíduos, sais e líquidos do sangue. Essa condição é comum em pacientes que já estão internados no hospital por outros motivos e pode ser fatal, requerendo tratamento intensivo. Os sintomas são: retenção de líquidos, sonolência, falta de fome, falta de ar, fadiga, confusão, náusea e vômitos.
Saiba mais: Entenda o que é o AIT, condição que afetou Renato Aragão e pode levar a um derrame
Em relação à insuficiência cardíaca, essa é uma doença em que o coração não consegue mais bombear sangue o suficiente para o resto do corpo. No Brasil, a causa mais comum é a doença arterial coronariana (DAC), em que ocorre o estreitamento dos vasos coronarianos, responsáveis por levar oxigênio ao músculo cardíaco.
A condição pode levar ao aparecimento de sintomas como tosse, falta de ar (durante atividade física ou longos períodos em repouso), inchaço dos pés e tornozelos, inchaço do abdômen, ganho de peso, pulso irregular, dificuldade para dormir, fadiga, fraqueza, desmaios, perda de apetite, náusea e vômitos, entre outros.
Além disso, pressão arterial elevada, ataques cardíacos anteriores, diabetes, apneia do sono, obesidade, arritmia e consumo de álcool são alguns fatores de risco para a insuficiência cardíaca. O tratamento é feito com o uso de medicamentos, como anti-hipertensivos, diuréticos e vasodilatadores.
