Médico Otorrinolaringologista do Alfa Instituto de Comunicação e Audição. Membro da Sociedade Brasileira de Otorrin...
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Gal Costa, uma das mais importantes cantoras brasileiras, faleceu nesta quarta-feira (9) aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da artista, mas a causa de sua morte não foi divulgada.
Diante da notícia, muitos fãs lembraram que a cantora estava afastada dos palcos desde setembro, quando passou por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.
Seguindo orientações médicas, a intérprete de “Baby” precisou cancelar suas apresentações marcadas até o final de novembro. Agora, não se sabe se o óbito da artista poderia ter alguma relação com a cirurgia.
Apesar de ser relativamente inofensivo, o problema enfrentado por Gal Costa pode causar alguns incômodos e até evoluir para um quadro mais sério.
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De acordo com Fernão Bevilacqua, otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin de São Paulo (HAS), os nódulos surgem a partir do crescimento anormal de células em qualquer tecido ou órgão do corpo, incluindo a pele, formando elevações. Em geral, trata-se de uma lesão pequena, arredondada.
O médico explica ainda que a região onde a cantora apresentou o nódulo é uma cavidade que vai da narina até a faringe. Por isso, pode causar sintomas desconfortáveis, como obstrução nasal, sangramento no nariz, secreção frequente, dor na face, dor na região interna do nariz, mudança do olfato.
“Não sabemos qual era o caso da Gal Costa, mas o que sabemos é que o nódulo deve ser sempre retirado por cirurgia. O principal risco desse procedimento é o sangramento, pois, dependendo da área onde o nódulo está localizado, pode estar próximo aos grandes vasos sanguíneos que existem no nariz. Além disso, também pode causar infecções”, completa.
Como diagnosticar nódulo na fossa nasal
O otorrinolaringologista informa que os sintomas provocados pelo quadro também podem estar associados a pólipos e tumores - mas isso não é uma regra e é preciso ir atrás de um diagnóstico correto.
“Para investigar a causa, temos que observar a parte anterior do nariz e ver se há alguma alteração. Em caso de dúvida, lançamos mão de um procedimento rápido, que é a nasofibroscopia, em que uma câmera passa por dentro do nariz e, a partir das imagens, observamos se há alguma lesão”, esclarece o médico.
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Segundo o especialista, caso os sintomas persistam, o médico pode solicitar também exames de imagem, como tomografia da face. Além disso, uma vez retirado, o nódulo passa por uma biópsia para descobrir se é benigno ou maligno, o que define os próximos passos do tratamento.