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O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. Isso porque, quando ele acontece, uma parte do cérebro é inundada ou deixa de receber sangue, provocando a morte de muitas células.
A boa notícia é que, se diagnosticado e tratado rapidamente, o paciente pode aumentar as suas chances de sobreviver e ter uma recuperação total, reduzindo as sequelas do quadro - que geralmente afetam a parte motora e emocional.
Para explicar como funciona o processo de reabilitação pós-AVC, o MinhaVida bateu um papo com a neurofisiologista Simone Amorim e a paciente Sônia Figueiredo. As principais perguntas e respostas da transmissão, feita em parceria com a Ipsen e a Caminhos Pós-AVC, você confere abaixo:
MinhaVida: O que é AVC?
Dra. Simone Amorim: O AVC (Acidente Vascular Cerebral), muito conhecido como derrame, pode ser de dois tipos. Um deles é o isquêmico, quando um coágulo impede a passagem de sangue por um vaso sanguíneo do cérebro; e o outro é o hemorrágico, em que um vaso se rompe e o sangue inunda o cérebro. Ambos acontecem de forma repentina.
MinhaVida: Sônia, qual foi o seu tipo de AVC?
Paciente Sônia: O meu foi o hemorrágico. Eu descobri uma alteração vascular no cérebro e agendei uma cirurgia de embolização, porque corria risco de morte súbita. Nesse procedimento, foi tudo ok, porém, no pós operatório, eu sofri o AVC. Como eu ainda estava sob efeito da anestesia, não vi e nem senti nada. Só quando acordei soube que estava paralisada do lado esquerdo: não conseguia andar, falar, deglutir e todas essas coisas que o AVC causa.
MinhaVida: Quais são as principais sequelas do AVC?
Dra. Simone Amorim: O AVC pode levar o paciente a um grau de disfuncionalidade muito grande. As principais sequelas são motoras, que deixam um lado do corpo mais fraco e rígido (espasticidade). Dependendo do lugar da lesão, é possível haver também alterações na fala, na cognição, na memória e na intelectualidade. Tudo depende da extensão e do local do AVC, além do tempo que esse paciente demorou para ser tratado.
MinhaVida: Por que a maioria das sequelas costumam ser motoras?
Dra. Simone Amorim: Porque nós temos uma área no cérebro que é responsável pelo movimento e é nesse local que acontece a maioria dos AVCs. Então, aquelas células morrem por deixarem de receber sangue ou serem inundadas, parando de funcionar como deveriam.
MinhaVida: E a reabilitação ajuda a tratar a espasticidade?
Dra. Simone Amorim: Sim. A espasticidade é trabalhada com uma equipe multidisciplinar. Geralmente, ela conta com um fisioterapeuta, um terapeuta ocupacional, uma medicação oral e toxina botulínica injetada para relaxar a musculatura, mas cada paciente é único. Portanto, a decisão de qual medicação e de quais doses serão usadas precisa ser feita de forma individualizada. Casos muito graves podem envolver até uma abordagem neurocirúrgica, por exemplo.
Assista à entrevista completa no topo da página!
DYS-BR-001450| Nov 2022