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Ao contrário do que muitos acreditam, somente 10% dos casos de câncer de mama são hereditários, segundo o Ministério da Saúde. Isso significa que a maior parte das ocorrências da doença está relacionada a fatores comportamentais, como o sedentarismo, a obesidade, a exposição a hormônios e o consumo de álcool.
É justamente por essas razões que acontece todos os anos a campanha do Outubro Rosa. Realizada em todo o mundo, a ação promove a conscientização sobre a prevenção do câncer de mama, reforçando também o papel fundamental do diagnóstico precoce - que costuma ser feito essencialmente por meio do exame de mamografia.
Como parte das mobilizações desse mês, o MinhaVida organizou uma transmissão ao vivo para esclarecer as principais dúvidas que rondam o assunto com a radiologista Ana Cristina Pereira Lessa. Veja a seguir as principais perguntas e respostas que aconteceram no bate-papo, fruto de uma parceria com a CDB Medicina Diagnóstica:
1. Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?
Essa é uma doença multifatorial. Então, um dos fatores de risco é a idade avançada, mas também temos a genética, o histórico de câncer de mama e de radioterapia, a menarca precoce (menstruação antes dos 12 anos), a menopausa tardia, o sedentarismo, o consumo de bebidas alcoólicas e de tabaco, o colesterol elevado e a alimentação não saudável.
2. Quais pessoas têm predisposição genética para a doença?
Geralmente, a gente tem que se preocupar quando a paciente tem um caso de câncer de mama com menos de 50 anos na família. E, se além do câncer de mama na família, a pessoa também tem câncer de ovário, de próstata ou de pâncreas.
3. E quais são os sintomas do câncer de mama?
A mamografia foi um grande marco nisso, porque ela faz a detecção precoce do câncer de mama antes dos primeiros sintomas, mas o autoexame é importante para o autoconhecimento. Quando você conhece a sua mama, é mais fácil de saber se tem alguma coisa errada, se está descamando um mamilo, se está com uma secreção que antigamente não existia, se está com a mama de um tamanho maior ou com uma mastite (inflamação na glândula mamária) que não sara com antibiótico. Existem também os nódulos, que podem ser malignos e os benignos, sendo os malignos endurecidos, fixos e muitas vezes localizados nas axilas.
4. Muito se fala sobre diagnosticar o câncer de mama precocemente. Qual é o impacto disso para os pacientes?
Através do diagnóstico precoce a gente pode ter até 95% de chance de cura. Existem sinais que você só vai ver na mamografia, porque o exame clínico estará normal. Por isso que, antigamente, nas campanhas de Outubro Rosa, se enfatizava muito o autoexame, mas hoje não mais, já que o autoexame geralmente só detecta câncer a partir dos 2 centímetros, quando ele já está mais avançado. E muitas vezes, quando o câncer está em uma região muito profunda da mama, você não vai detectar com o autoexame. Por isso, é muito importante fazer o exame anual de mamografia a partir dos 40 anos.
5. De uma forma geral, é possível prevenir o câncer de mama?
Sim, por meio dos nossos hábitos, porque, se a gente começar a comer alimentos mais saudáveis, beber menos, parar de fumar e praticar atividades físicas, vai reduzir muito a chance de ter câncer de mama. Os fatores hereditários não dá para mudar - o que podemos fazer é um acompanhamento para ter um diagnóstico precoce e favorecer a cura.
Confira a entrevista completa no topo da página!