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O uso de máscara volta a ser obrigatório no transporte público de São Paulo a partir deste sábado (26), conforme anúncio feito pelo governo estadual e pela Prefeitura de São Paulo. A medida foi tomada devido à alta do número de casos da COVID-19 e a decisão segue análise técnica do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde.
O decreto com a nova regulamentação será publicado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (25) e valerá para ônibus, trem e metrô. Na terça-feira (22), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já havia decretado a obrigatoriedade da máscara em aeroportos e aviões.
“O governo recomenda que a medida seja adotada por todos os municípios do Estado e reitera que é fundamental que a população esteja com o ciclo vacinal completo para assegurar maior proteção contra o coronavírus e reforça que a única forma de amenizar os efeitos do vírus é garantir a imunização com as doses disponíveis em todos os postos de saúde do estado”, diz o governo estadual, em nota.
A obrigatoriedade de máscaras no transporte público da cidade de São Paulo retorna pouco mais de dois meses após ter caído, em 9 de setembro.
Cresce o número de casos de COVID-19 em todo o país
Nas últimas duas semanas, o número de pacientes internados com COVID-19 em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) na rede paulista passou de 447 para 887. Com isso, a ocupação nas UTIs atingiu 100%, segundo o governo do Estado.
“A velocidade de aumento de internações [5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em enfermarias] é acentuada e começa a pressionar os sistemas de saúde público e privado”, diz trecho de nota do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde.
Além de São Paulo, outros 14 estados registraram aumento acentuado no número de casos graves, conforme divulgado nesta quarta-feira (23) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O levantamento tem base nas últimas seis semanas e a maioria são adultos acima dos 60 anos. Entre todos os diagnósticos de doenças respiratórias, a COVID-19 corresponde a 61% dos resultados positivos nas últimas quatro semanas. Segundo o último boletim da Fiocruz, da semana passada, a taxa era de 47%.
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