Graduada pela UERJ, com residência médica pelo Hospital Federal de Bonsucesso, Julia Ocampo é dermatologista e possui o...
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Tem muita gente que detesta passar o filtro solar na pele devido à textura grudenta. Por isso, não é raro que as pessoas fiquem animadas ao saberem da existência de fotoprotetores em cápsula, acreditando que nunca mais terão que usar um produto pegajoso no corpo antes de sair ao sol. Mas é aí que elas se enganam.
Segundo a dermatologista Julia Ocampo, os protetores solares em cápsula nada mais são que uma associação de ativos antioxidantes, que agem de dentro para a fora, protegendo as células do corpo contra os efeitos do sol. O grande problema é que eles não têm a capacidade de impedir a penetração dos raios ultravioleta na pele.
“Por esse motivo, as cápsulas funcionam apenas como um complemento para a proteção oferecida pelos filtros solares tradicionais, não podendo ser usadas de forma isolada”, completa. Em outras palavras, esse produto, que deve ser ingerido, não substitui o uso de protetor solar comum.
Benefícios do protetor solar em cápsula
Como reforçam as defesas da pele, as cápsulas ajudam a evitar queimaduras de sol, manchas e perdas de elasticidade quando usadas regularmente. Elas ainda colaboram para conseguir um bronzeado mais uniforme e duradouro, de acordo com a dermatologista.
Assim, pessoas que tomam muito sol no dia a dia ou têm doenças de pele, como melasma, vitiligo e xeroderma pigmentoso podem se beneficiar muito do uso desse tipo de protetor solar. Isso também vale para quem tem maior tendência a desenvolver câncer de pele, uma vez que o produto aumenta a tolerância do organismo à radiação ultravioleta.
Contraindicações
Disponíveis em diversas farmácias, os fotoprotetores orais praticamente não têm contraindicações. Isso porque eles são feitos à base de vegetais e, portanto, não são considerados medicamentos.
O ideal, no entanto, é que eles não sejam usados sem orientação médica, já que podem oferecer risco à saúde de crianças, gestantes e pacientes que sejam alérgicos a algum dos componentes da fórmula.
Em uma consulta com um dermatologista, você poderá confirmar se realmente pode ingerir o produto com segurança, passando por uma avaliação individual e recebendo, em seguida, informações sobre a dosagem e a forma correta de uso.
Como utilizar?
Ao redor do mundo, as orientações variam bastante de acordo com a composição das cápsulas, que geralmente incluem polypodium leucotomos, picnogenol, luteína ou betacaroteno. No Brasil, no entanto, só a primeira dessas substâncias está liberada para uso como fotoprotetora oral.
Neste caso, os especialistas indicam que ela seja ingerida meia hora ou até duas horas antes de sair ao sol e que o processo seja repetido após três ou quatro horas. Tudo isso, é claro, sem deixar de aplicar o protetor solar tradicional, seja ele em creme, em spray ou em gel.