Médico dermatologista vegano e especialista em cirurgias dermatológicas e estéticas. Desde que se formou na Univers...
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O verão é uma época marcada não só por muito calor e diversão, mas também pelo aumento da incidência de alguns problemas de pele, como a foliculite. Isso porque a alta exposição aos raios solares resseca a barreira cutânea e aumenta a produção de suor, favorecendo a inflamação dos poros.
Essa infecção do folículo piloso se manifesta a partir de bolinhas avermelhadas ao redor dos pelos e pode ter pus. Por essa razão, não é raro que ela seja confundida com acne, apesar de se tratar de algo totalmente diferente.
Afinal, a foliculite é causada por pelos encravados, bactérias, fungos e até vírus, enquanto as espinhas surgem por conta do excesso de sebo na pele, que acaba obstruindo os poros.
O fato é que a foliculite pode ser muito desconfortável não somente por afetar a aparência da pele, mas também por geralmente provocar coceira e dor local, segundo o dermatologista Jonas Bueno. É justamente por esse motivo que ela precisa de atenção.
Como tratar foliculite
Na maioria das vezes, a condição se cura sozinha, mas, caso isso não aconteça ou se repita com frequência, é importante buscar ajuda médica para encontrar o tratamento mais adequado. Tudo vai depender do tipo e da gravidade da infecção.
“O tratamento varia desde a adoção de novos hábitos diários e o uso de sabonetes antissépticos até a aplicação de pomadas específicas e a ingestão de comprimidos”, explica o médico.
As foliculites bacterianas, por exemplo, costumam ser tratadas com antibióticos tópicos, orais ou uma combinação dos dois, enquanto as provocadas por fungos demandam o uso de antifúngicos. Há, no entanto, recomendações que valem para todos os tipos, como:
- Evitar raspar os pelos da área afetada até que a infecção regrida;
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Fazer compressas mornas e úmidas várias vezes ao dia;
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Tomar banho com água morna e sabonete antisséptico;
- Hidratar a pele;
- Não cutucar as lesões;
- Evitar expor as áreas afetadas ao sol, sobretudo no verão.
Saiba mais: quem tem foliculite pode ir à praia?
Isso deve facilitar a recuperação da pele, além de reduzir as chances do aparecimento de manchas e cicatrizes na região. Em alguns casos, no entanto, ainda pode ser necessário tomar corticoides para diminuir a inflamação ou, então, fazer uma cirurgia para drenar o pus e, assim, aliviar a dor e acelerar a cura.
Prevenir é a melhor opção!
As pessoas mais suscetíveis a desenvolver foliculite são aquelas que têm pele oleosa e muitos pelos. O dermatologista Jonas Bueno lembra, contudo, que qualquer um pode apresentar o quadro. O mais frequente é que isso aconteça em períodos de imunidade baixa.
Portanto, uma das formas de prevenção é manter uma dieta equilibrada e beber bastante água ao longo do dia, já que essas medidas ajudam a fortalecer a proteção do organismo.
Na hora da depilação, para não irritar a pele, também é importante ter alguns cuidados especiais. Entre eles: usar água morna junto com um creme ou gel de barbear, tomar muito cuidado para não se cortar, passar o aparelho no sentido do crescimento do pelo e lembrar de trocar a lâmina com frequência.
A manutenção de uma boa higiene, aliás, é outro fator que pode fazer toda a diferença. Os médicos recomendam usar sabonetes antissépticos, não ficar com roupas molhadas por muito tempo e evitar a utilização de peças apertadas que retém o suor, principalmente no verão. Assim você pode aproveitar a época mais quente do ano com a pele bonita e saudável!