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Os brasileiros têm, em média, 10 parceiros sexuais ao longo da vida e fizeram sexo pela primeira vez aos 18 anos. Esses são dados da pesquisa “International Sex Survey”, que reúne dados sobre a vida sexual de 82 mil pessoas em 45 países, incluindo o Brasil. Trata-se de um questionário on-line que faz parte de um estudo conduzido por Beáta Bőthe, da Universidade de Montreal e da Universidade do Quebec em Trois-Rivières, ambas no Canadá.
A vertente brasileira da pesquisa foi coordenada pelo psiquiatra Marco Scanavino, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq - HCFMUSP). Foram, no total, 3.650 brasileiros que responderam ao questionário, completado por pessoas de idade entre 18 e 86 anos, com idade média de 45 anos. Deles, 25% estavam solteiros, 15% em um relacionamento sério, 50,1% eram casados, 8% eram divorciados e 1% era viúvo.
De acordo com o estudo, 99,2% dos participantes já se masturbaram alguma vez na vida. Nos últimos 12 meses, a frequência relatada por eles foi de duas a três vezes no mês até duas a três vezes por semana. O consumo de pornografia começou cedo: em média, o brasileiro assiste a um conteúdo pornô pela primeira vez aos 12 anos. Nos últimos 12 meses, a frequência foi de duas a três vezes por semana.
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Em relação à frequência de relações sexuais, os respondentes que estavam em um relacionamento fizeram sexo, em média, de duas a três vezes no mês a duas a três vezes por semana nos últimos doze meses. Entre eles, 56% afirmaram que estavam satisfeitos com a relação e 43,6% estavam satisfeitos sexualmente com seus parceiros.
Já 81% dos participantes responderam que já fizeram sexo com um parceiro sexual casual, ou seja, com uma pessoa com quem não tinham um relacionamento sério. Em média, aqueles que fizeram sexo casual nos últimos 12 meses só tiveram um parceiro sexual casual.
Características dos participantes do estudo
Da totalidade dos participantes que responderam ao questionário no Brasil, 64,3% eram homens e 34,3% eram mulheres. Ainda houve uma parcela (1,4%) que se identificou como não binário, genderqueer e outros gêneros que não podem ser classificados dentro de categorias feminina-masculinas binárias.
Em relação à orientação sexual, 66% se identificavam como heterossexuais, 13% como gay ou lésbica, 6,1% como heteroflexível, 0,8% como homoflexíveis, 8,6% como bissexuais, 1,6% como panssexuais, 0,6% como assexuais, 0,08% como queer e 0,6% como outra orientação sexual. Houve, ainda, 2% que responderam que não sabiam ou estavam incertos sobre a orientação sexual.
Sobre identidade de gênero, 98,5% dos que completaram o questionário se identificavam como cisgênero (se identificam com o gênero biológico de nascimento). Já 1,5% afirmou ser transgênero ou incerto de sua identidade de gênero.
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É importante ressaltar que, apesar da grande amostra, os resultados da pesquisa podem não ser generalizáveis para a totalidade da população brasileira na opinião dos pesquisadores. Isso significa que o estudo representa comportamentos sexuais de muitos brasileiros, mas não todos e, portanto, algumas pessoas podem não se identificar com os resultados.