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O Ministério da Saúde registrou 987 mortes por dengue neste ano, o maior número desde que a doença voltou ao Brasil, em 1980, de acordo com a Sociedade Brasileira de Epidemiologia. O crescimento da taxa de óbito pela doença neste ano foi 400% maior do que em 2021, ano em que houve 246 mortes.
O número de casos também cresceu 163% em relação ao ano passado, atingindo 1,4 milhões de infecções. O estado que lidera o número de infectados é São Paulo, com 278 casos. Em seguida, vêm Goiás (154), Paraná (108), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).
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O Brasil havia batido o recorde histórico em 2015, quando o número de mortes anual foi 986. No entanto, como há mais 100 óbitos em investigação e a última atualização nos números de mortes foi feita no dia 17 de dezembro, o país pode chegar a mais de mil mortes por dengue até o fim de 2022.
Número de óbitos por chikungunya também cresceu em 2022
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 17 de dezembro foram confirmadas 93 mortes por chikungunya no Brasil, doença que também é causada pelo mosquito Aedes aegypti. O número é sete vezes maior do que em 2021, ano em que foram registrados 14 óbitos pela doença. Além disso, o número de casos prováveis de chikungunya também cresceu 78% em relação a 2021. Neste ano, foram registrados 172.082 casos suspeitos da doença no Brasil.
Como se proteger de dengue e chikungunya?
A dengue é transmitida pela fêmea do Aedes aegypti, um mosquito urbano e diurno que se reproduz em depósitos de água parada. A melhor forma de prevenção da doença é a vacina contra a dengue, feita com vírus atenuado e tetravalente, protegendo contra os quatro sorotipos de dengue existentes.
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Além disso, alguns hábitos podem contribuir para a prevenção, como evitar o acúmulo de água em pneus e garrafas, colocar tela nas janelas, areia nos vasos de plantas, desinfetante nos ralos, limpar as calhas e usar repelentes em viagens ou locais com muitos mosquitos. O mesmo vale para chikungunya, já que o mosquito transmissor é o mesmo.