Doutor em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina, tem título de especialista e...
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Você costuma desmaiar ao ter que tomar uma injeção ou em outra situação que cause estresse? Essa reação tem nome e justificativa médica, além de poder atingir diferentes pessoas. Entre elas, está Gabriela Prioli.
Thiago Mansur, companheiro da advogada, usou sua conta no Instagram para relatar que Gabriela sofre com a síndrome vasovagal, desencadeada pelo medo de agulhas.
O relato veio após o nascimento da filha do casal, Ava Prioli, no dia 22 de dezembro. Com a postagem, Thiago expressou a sua admiração pela parceira, assim como os momentos de aflição causados na hora da anestesia.
“A Gabi tem síndrome vasovagal e sempre desmaia com agulha. Ela tomou a pré-anestesia com toda a concentração para não se desestabilizar e prejudicar emocionalmente a neném; eu quase desmoronei ao ver a agonia e o desconforto que ela sentiu com a agulha (que tinha um tamanho que eu nunca tinha visto!)”, escreveu.
O que é a síndrome vasovagal?
A síndrome vasovagal (SVV) é o reflexo exagerado do corpo em situações estressantes, o que gera desmaios e baixa da pressão arterial. No caso de Gabriela, o problema costuma se manifestar pelo seu medo de agulhas, mas a síndrome pode ser desencadeada por diferentes razões. Bruno Valdigem, médico cardiologista, explicou em artigo escrito para o MinhaVida alguns dos principais sintomas da síndrome vasovagal:
- Baixo fluxo cerebral;
- Tontura;
- Suor;
- Visão turva;
- Hipotensão;
- Desmaios (síncope) ou quase desmaios (pré-síncope ou lipotimia).
Diferente da queda de pressão, que pode acontecer por diferentes razões e com qualquer pessoa, quem lida com a SVV enfrenta esses sintomas em situações cotidianas, como: após refeições, ao se deparar com sangue, esperando em pé em uma fila ou cozinhando.
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Tem cura?
A síndrome vasovagal não tem cura ou um tratamento medicamentoso específico. Quando a condição é identificada, o que costuma ocorrer com a análise do histórico médico e exames clínicos, é possível evitar quadros de desmaio tomando certas precauções.
“O tratamento principal é aumentar muito a ingestão de líquidos, evitar desidratantes (como álcool ou diuréticos), fazer exercícios com as pernas (para fortalecer a musculatura e evitar represar sangue ali) e reconhecer os sintomas que geralmente acontecem antes do desmaio”, explicou Bruno em artigo.
Quando um dos gatilhos para a síndrome já é conhecido, como o medo de agulhas, praticar exercícios respiratórios e se concentrar em outros detalhes enquanto se toma uma injeção, por exemplo, é uma maneira de evitar a perda de consciência.