Médica assistente responsável pelo ambulatório de Doenças Osteometabólicas da unidade de Endocrinologia da Santa Casa de...
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Por aumentar a absorção de cálcio, a vitamina D é um dos nutrientes mais importantes para a saúde dos ossos. Por isso, deve ser uma prioridade para as mulheres, que têm maior risco de desenvolver problemas ósseos, como a osteoporose e a osteopenia.
E os benefícios não param por aí: a vitamina D também faz bem para o coração, potencializa a imunidade, melhora o metabolismo, fortalece a musculatura e tonifica os fios de cabelo.
Novas evidências, segundo a Febrasgo, apontam que o nutriente ainda é capaz de diminuir o risco de doenças como as oncológicas, as autoimunes e as infecciosas, apesar de mais estudos serem necessários.
Riscos da falta de vitamina D
A deficiência do nutriente pode levar a vários problemas, que são mais graves quanto menor for a quantidade de vitamina D no corpo. Conforme explica a endocrinologia Manuela Rocha Braz, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo, se a pessoa estiver com pouco nutriente faltando, aumenta o risco de perda de massa óssea, osteoporose e fraturas.
Agora, se os níveis estiverem muito baixos, as chances de mineralização óssea elevam-se e, consequentemente, a pessoa fica mais suscetível a desenvolver osteomalácia e raquitismo, dependendo da idade, sendo ambas as condições conhecidas por fraqueza muscular, dor e deformidade nos ossos.
Dicas para obter o nutriente
“A principal fonte natural de vitamina D é o sol, que estimula a produção desse nutriente na pele”, afirma a médica. Para que esse processo de fato aconteça, é recomendado tomar sol por cerca de 15 minutos todos os dias antes das 10h e depois das 16h para evitar os horários de maior incidência de raios ultravioleta.
O importante é não esquecer de que a luz deve bater direto na pele, uma vez que vidros, tecidos e outras formas de barreira podem atrapalhar a sintetização do nutriente.
Outro fator que pode ajudar é ingerir alimentos com vitamina D, incluindo ovo, leite, fígado, cogumelos, mariscos e peixes, como salmão e sardinha.
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Quanto já é o suficiente?
De acordo com a endocrinologista Manuela Rocha Braz, as mulheres precisam manter os níveis de vitamina D acima de 20 ng/mL de sangue. Há, no entanto, uma exceção: “Quem tiver maior suscetibilidade à osteoporose o ideal é que as taxas do nutriente fiquem mais altas, isto é, acima de 30 ng/mL de sangue”.
Tudo isso pode ser averiguado a partir de exames de sangue, que devem ser feitos regularmente, porque os quadros de deficiência costumam ser assintomáticos e bem comuns, principalmente em pessoas que não tomam muito sol e têm a idade avançada.
Caso a vitamina esteja em falta, é indicada a suplementação, que precisa ser feita sempre sob orientação médica para garantir a eficácia do tratamento e esclarecer possíveis dúvidas.
Uma das perguntas que os médicos mais recebem é se gestantes podem tomar suplementos de vitamina D. Manuela Rocha explica: “Não tem nenhuma contraindicação e, na verdade, é importante fazer suplementação durante essa fase, visto que ela demanda maior absorção de cálcio para suprir as necessidades do bebê”.