Médica dermatologista graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Integra o corpo clínico...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Acabar com manchas e linhas de expressão do rosto é o desejo de muita gente que busca por procedimentos estéticos. O dermaroller é uma técnica que promete combater cicatrizes, estrias, rugas e proporcionar uma pele mais bonita.
Apesar de tantas vantagens, a técnica pode causar certa estranheza, já que são utilizadas pequenas agulhas que penetram a pele. Afinal, o dermaroller oferece algum tipo de perigo?
O que é o dermaroller?
Apesar da técnica ser conhecida como dermaroller, a dermatologista Giseli Petrone, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que esse é o nome do aparelho utilizado para o procedimento, que nada mais é do que o microagulhamento. Trata-se de um rolo formado por microagulhas, de tamanhos entre 0,25 mm a 3 mm, que variam de acordo com o objetivo do tratamento.
“Qualquer fototipo (reação e sensibilidade cutânea ao ser exposta ao sol) de pele está indicado uma vez que não emite calor, logo, não induz a manchas residuais; assim, pessoas com fototipo alto (que produzem mais melanina) se beneficiam”, informa Giseli. O procedimento pode ser feito em todas as partes do corpo, inclusive no couro cabeludo, para casos de queda de cabelo.
Saiba mais: Tratamento para melasma: veja 7 opções
Benefícios do dermaroller
Ao deslizarem na pele, as microagulhas do dermaroller provocam pequenos furos que estimulam a circulação sanguínea, a renovação celular e a produção de novas fibras de colágeno. Esses estímulos resultam nas seguintes vantagens a pele:
- Atenua a aparência de cicatrizes de acne e melasma;
- Clareia manchas;
- Suaviza rugas e linhas de expressão;
- Reduz aparência de estrias e a flacidez;
- Diminui os poros dilatados;
- Uniformiza o tom da pele;
- Promove viço e firmeza na pele;
- Trata e previne a queda de cabelo.
Quais são os perigos do dermaroller?
De acordo com a dermatologista, se feita de forma inadequada, a técnica pode apresentar riscos. “Se usado em casa ou em ambiente inapropriado, sem os cuidados de higiene necessários, pode causar infecção de pele”, afirma.
A esterilização correta do aparelho é extremamente necessária para evitar infecções, contaminações, proliferação de fungos e o surgimento de novas cicatrizes. A pele e o ambiente onde será feito o procedimento também devem estar muito bem higienizados e, por ser um processo doloroso - já que há penetração de microagulhas - é necessária a aplicação de anestesia tópica no local.
Por isso, a dermatologista recomenda que a técnica não seja feita em casa e sim com profissionais habilitados, como esteticistas e dermatologistas.
Saiba mais: Antirrugas instantâneo: entenda como funciona o produto "milagroso"
Quais cuidados tomar?
Antes de iniciar o tratamento de microagulhamento, é importante procurar um dermatologista para receber as orientações necessárias para o seu tipo de pele. O profissional também poderá indicar os cuidados recomendados para o pós-procedimento.
Dermaroller é reutilizável?
O dermaroller não é reutilizável e não pode ser usado por mais de uma pessoa. Isso porque o aparelho penetra em camadas muito profundas da pele e provoca sangramento. O sangue e os resíduos de pele, mesmo após a esterilização, podem provocar contaminação e transmissão de doenças.
Quem não pode fazer dermaroller?
Conforme explicação de Petrone, pessoas com algum processo infeccioso na pele e com histórico de herpes simples não devem realizar a técnica. O Dermaroller também é contraindicado em casos de:
- Câncer de pele;
- Diabetes;
- Doenças autoimunes;
- Rosácea;
- Gestantes ou lactantes;
- Pele muito sensível;
- Tendência a queloide.